Morre moradora do Muda Boi que se queimou em incêndio

Eva Terezinha de Almeida tinha 66 anos e morreu um dia após a sua mãe - Reprodução/FN

Dona Eva Terezinha de Almeida, de 66 anos, não resistiu aos graves ferimentos que sofreu no incêndio da última quarta-feira. Ela acabou falecendo na noite desta sexta-feira, dia 2, por volta de 22h, no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre.

Em entrevista para a rádio América, na manhã desta sexta-feira, o marido José Inácio Franka, o Juca, estava bastante esperançoso na recuperação da esposa. Mesmo com a gravidade das queimaduras, que atingiram mais da metade de seu corpo, principalmente acima da cintura, ele disse que ela tinha apresentado uma melhora. Mas o estado era muito grave, inclusive estando entubada e sedada na UTI. “A dona Terezinha, como era mais conhecida, era muito conhecida e querida. Junto com a mãe, Eva Motta de Almeida, era muito envolvida com a comunidade”, conta o amigo Luis Azeredo, o “Luis das Remoções”, que ajudou seu Juca no socorro e levou a vítima em seu carro para o Hospital Montenegro, de onde depois foi removida para a capital.

Luiz das Remoções conta da tristeza vivida pela família. Terezinha morreu um dia após sua mãe, Eva, de 88 anos, que estava internada no Hospital Montenegro já há alguns dias e que foi sepultada nesta sexta-feira no Muda Boi. Dona Eva era irmã do seu Adão, que deu nome a Vila do Adão, no Muda Boi. Ela também era conhecida por promover bailes em seu estabelecimento. E Terezinha estava sempre ajudando. Segundo Luis, Terezinha tinha duas filhas, que moram em Montenegro e Teutônia.

O incêndio

Incêndio na residência, em Muda Boi, ocorreu na quarta-feira
– Crédito: Bombeiros

Pouco antes do meio-dia de quarta-feira, por volta de 11h50, os Bombeiros de Montenegro foram acionados em razão do incêndio em residência na localidade de Muda Boi, no interior do município. O fogo consumiu a moradia de alvenaria, restando apenas às paredes. E o pior: causou graves queimaduras na moradora.

O esposo, seu Juca, diz que estava trabalhando no mato quando viu a fumaça vindo de sua casa e saiu correndo. Encontrou a esposa Eva bastante queimada. E aí recebeu a ajuda de Luiz para levá-la ao hospital. Mesmo tendo perdido tudo e ficando só com a roupa do corpo, ele disse que o mais importante era que a esposa estava viva, pois os bens materiais se pode recuperar. Mas ela não resistiu.

Ele acredita que a esposa tenha passado mal enquanto preparava o almoço no fogão, já que ela sofria de epilepsia e possivelmente tenha tido um ataque. Chamas teriam atingido seu casaco e além de se espalhar pela casa, lhe causaram graves queimaduras. Lembrou que recentemente ela já tinha tido um ataque epiléptico quando cozinhava e acabou se queimando. Além disso, Terezinha estava abalada com o estado grave da mãe no hospital.

Na casa tudo ficou queimado e moradora sofreu graves queimaduras
– Crédito: Bombeiros

Na casa tudo foi queimado. Dois freezers, geladeira, móveis, roupas, documentos e as ferramentas que Juca utiliza como pedreiro. Mesmo num momento de intensa dor, ele agradece a todos que tem ajudado, principalmente os vizinhos e amigos, que inclusive lhe ofereceram abrigo e fizeram várias doações. Ontem preferiu dormir dentro do seu veículo, para cuidar do que restou da casa. Depois que se recuperar um pouco deste momento de grande consternação, pretende reconstruir a casa. Quem quiser ajudar com roupas, calçados, móveis, eletrodomésticos, ferramentas e utensílios pode entrar em contato pelo telefone 99795 0422.

 

 

A mãe de Terezinha, Eva Motta de Almeida, foi sepultada nesta sexta-feira
– Reprodução/FN

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