Crenças limitantes: O que te limita é você mesmo
O que nos limita somos nós mesmos.
As crenças limitantes são, literalmente, crenças que limitam nossos pensamentos. Um ótimo exemplo para simplificar o entendimento desse termo é o famoso: “Dinheiro não traz felicidade”. Entendo que a intenção é dizer que dinheiro não é aquilo que lhe dará felicidade e satisfação na vida. Todavia, é preciso repensar a maneira como isso é colocado.
Ora, dinheiro compra alimentos, paga por um bom plano de saúde, por um lar confortável, vestimenta, medicamentos quando preciso, lazer e cultura, logo, dinheiro não é felicidade, mas ele traz, sim, felicidade. Entendo que o sentido pode ser compreendido como: “dinheiro não compra amor, família e amigos”, mas a ideia aqui não é problematizar isso, e sim ajudar-lhes a compreender o conceito de crença limitante.
Em suma, crenças limitantes são os pensamentos que tornam sua mente fixa, fechada e que te impedem de abrir a mentalidade para novos horizontes, visões de mundo e pontos de vista. Em geral, todos nós possuímos crenças limitantes, a diferença está entre quem escolhe mudar e quem escolhe permanecer estagnado.
Bem, essa mencionada por último, é a típica pessoa que, enquanto alguém argumenta sobre algo com ela, tenta falar ao mesmo tempo – às vezes até mais alto – que aquela que está buscando dialogar. Ela possivelmente faz isso para não escutar e precisar considerar os pontos expostos e propostos para reflexão e debate por parte da outra pessoa.
Em resumo, crenças limitantes são as verdades que assumimos para nós mesmos, isto é, os pensamentos que nos tornam imutáveis e que impedem nosso desenvolvimento como seres humanos e cidadãos.
Essas crenças em questão, podem nos tornar seres medíocres, que não buscam estudar e considerar mudanças em nossa vida. Mas, lembre-se: não estou dizendo que você não precisa deixar de acreditar em tudo, mas é importante ouvir opiniões contrárias e, inclusive, estudá-las para refutá-las.
O argumento coerente surge a partir do momento em que nos tornamos seres insaciáveis por conhecimento.
É importante ressaltar que, em nenhum momento, estou me referindo a crenças religiosas e valores morais – até porque também tenho meus valores baseados na minha fé. Aqui falo sobre frases cotidianas, aquelas que ouvimos durante a vida inteira e adotamos como parte de quem somos – como o primeiro exemplo dado neste artigo. Essas sim são crenças limitantes.
Um outro excelente exemplo é o famoso: “eu não entendo essa matéria, jamais entenderei”. Gosto de utilizar essa frase porque ele sintetiza tudo o que falei até aqui: quanto mais vezes repetimos frases limitantes ao nosso cérebro, mais ele compra a ideia e se torna imutável.
Tudo aquilo que repetimos a nós mesmos, são comandos que damos à nossa mente. Por isso a importância de ensinar a ela que, sim, você entenderá aquela matéria, e digo mais, ela passará a ser sua matéria preferida. E isso é para qualquer faceta da vida, não apenas no ambiente escolar
“Eu não gosto de ler e ponto, eu prefiro fazer qualquer outra coisa”.
Sempre que alguém me fala que não gosta de ler, eu imediatamente pergunto o porquê, e o único argumento da pessoa é: “Porque não”. E, então, eu parto para minha segunda pergunta: “O que lhe fez criar desgosto pelos livros?”. Por sua vez, a pessoa responde: “Não sei”. De maneira muito interessante, ela ainda não me deu um argumento coerente para embasar o comentário feito.
Por conseguinte, finalizo perguntando: “Quais livros você já leu?”, ou então: “Quantos livros você já leu?”, ou, por fim, a clássica: “Quais gêneros você costumava ler?”.
A pessoa, curiosamente, não sabe me responder nenhuma das três perguntas, não importa qual dessas três últimas eu tenha feito. Na verdade, geralmente ela nunca leu um livro inteiro, nunca se abriu para essa possibilidade.
Veja, aqui não estou dizendo que todos devem “amar” ler, jamais. Entretanto, é preciso entender o porquê daquela opinião. Muitas vezes, crenças limitantes podem vir de estereótipos – palpite meu. Darei um exemplo: “Quem lê é chato e nerd”, e então, a pessoa, para não ser considerada “chata”, assume essa ideia e passa repelir aquilo. Afinal, se ela nunca tentou, qual outro motivo ela teria para afirmar com tanta convicção que não gosta de ler? É algo a se pensar.
Portanto, apesar da importância de termos nossos propósitos e valores enraizados dentro de nós mesmos, é preciso distinguir crenças limitantes de valores morais que acreditamos, pois são coisas distintas (ao meu ver).
Não é sobre deixar de ter crenças – isso é essencial -, mas sim sobre refletir frases cotidianas e pensamento fixos que nos impedem de avançar como seres humanos, cidadãos, pensadores e questionadores da sociedade.
Geórgia Eduarda tem apenas 18 anos de idade e já está escrevendo um livro sobre educação e um e-book sobre bolsas integrais para quem deseja cursar a graduação nos Estados Unidos.
A jovem ainda foi aceita em um programa do The New York Times e irá passar 6 semanas aprendendo com alguns dos maiores profissionais do mundo.
Além de compartilhar conhecimento e oportunidades educacionais em seu Instagram (@studiesbygeorgia), ela é fundadora de um grupo de debates online intitulado “Projeto Future Minds”, que já está em sua 2ª edição e conta com 149 jovens do Brasil e de outros países da América Latina.
Geórgia também é co-fundadora do Programa Jovens no Exterior, um departamento fundado juntamente com outros 3 jovens em uma escola pública da região metropolitana de Porto Alegre. Na iniciativa, eles auxiliam e orientam semanalmente, de maneira 100% gratuita, estudantes desse colégio a se candidatarem para universidades nos Estados Unidos.
0 Comentários