Aulas online no Brasil: o problema ou a solução?

As aulas online têm sido cada vez mais comuns ao redor do mundo no último ano. Com a pandemia da COVID-19, manter diversos alunos dentro de uma sala de aula de maneira presencial não é uma opção, pois a disseminação do vírus seria irremediável. Portanto, as aulas online vêm se mostrando uma ótima solução… bem, na verdade, não se tem tanta certeza assim.

 Em 2019, o Índice Gini – indicador com uma escala de 0 a 1 utilizado para medir a desigualdade do rendimento domiciliar per capita – no Brasil era de 0,543. Apesar desse percentual ter apontado uma pequena queda, que era 0,545 em 2018, o país ainda precisa avançar muito. Sabe-se que em função desse problema social coexistem outros, um deles é a falta de saneamento básico para uma porção da sociedade brasileira.

 Como apresentado pelo Instituto Trata Brasil no Ranking do Saneamento 2019, cerca de 13 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso ao saneamento básico e 3,1% desse mesmo grupo etário não têm sanitário em casa. Em outras palavras, crianças e jovens que vivem nessas condições, possivelmente também não terão acesso a um aparelho eletrônico para realizarem suas aulas à distância e, muito menos, conexão à internet.

 Em uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2019, a distribuição dos domicílios que não acessam a internet é, dividida em zona urbana e rural, a seguinte:

Porém, é importante ressaltar que 75,4% das pessoas não acessavam a internet por falta de interesse ou pelo fato de não saberem utilizá-la.

 Além disso, segundo esse mesmo estudo, em 2019 os equipamentos mais utilizados para acessar a internet eram telefone celular (98,6%), microcomputador (46,2%), televisão (31,9%) e tablet (10,9%).

E, uma vez que sabe-se o valor desses aparelhos, é compreensível o fato de 39,4% dos estudantes não possuírem aparelho celular devido ao seu alto custo, como fornecido pelo IBGE no gráfico abaixo.

Então, para solucionar isso, é necessário haver uma solução mais democrática e eficiente que beneficie a todos os estudantes, oportunizando-os uma melhor qualidade de vida e acesso ao ensino de maneira plena.

 

 Geórgia Eduarda tem apenas 18 anos de idade e já atua como consultora para jovens que desejam cursar a graduação nos Estados Unidos, está escrevendo um livro sobre educação e um e-book sobre bolsas de estudo no exterior, é orientadora na International Opportunities Academy e, recentemente, começou a dar palestras de maneira gratuita em prol da democratização do processo de candidatura para universidades dos Estados Unidos, a iniciativa chama-se Palestrante Jovem e foi fundada pela própria Geórgia Eduarda.

 Além de compartilhar conhecimento e oportunidades educacionais em seu Instagram (@studiesbygeorgia), ela é fundadora de um grupo de debates online intitulado “Projeto Future Minds” (em português, “Projeto Mentes Futuras”), que atualmente conta com mais de 52 jovens do Brasil inteiro, e co-fundadora do Programa Jovens no Exterior, uma iniciativa que está em andamento para ser colocada em prática em três grandes escolas da região metropolitana de Porto Alegre.

Geórgia E. M. Reis9 Posts

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