Régis Fritzen; O segundo prefeito de São Vendelino

Mesmo antes da sua emancipação, a pequena São Vendelino já havia construído uma igreja monumental Arquivo/FN

Ao término do mandato de Jair Baumgratz, o seu governo foi submetido a um teste de aprovação popular: as eleições. Na época, um prefeito não podia candidatar-se à reeleição, mas o pleito de 1992 serviu como um verdadeiro julgamento da obra administrativa do primeiro prefeito. Havia um candidato que se apresentava nitidamente como um continuador do trabalho iniciado por Jair Baumgratz. Este era Régis Fritzen, o seu secretário da fazenda. Como adversário, voltou a concorrer o líder tradicional, Léo Angst, uma das figuras mais proeminentes do município e um dos principais mentores da emancipação.

Régis empenhou-se, principalmente, no desenvolvimento da avicultura, Inspirando-se, para isto, no trabalho que vinha sendo desenvolvido pela prefeitura de Tupandi. Para quem quisesse implantar um aviário no município, a prefeitura pagava 50 % das telhas, terraplenagem e acesso. E ainda fornecia a água gratuitamente.
Arquivo/FN

O resultado das urnas foi uma esmagadora votação a favor da continuidade administrativa. Régis ganhou 70 % dos votos válidos. Um percentual um pouco superior ao obtido por Jair na eleição de 1989.

Régis assumiu a prefeitura com 26 anos. Ele assumiu o governo municipal em 1° de janeiro de 1993 e tratou, desde o princípio, de dar continuidade ao projeto do seu antecessor. Um projeto que era seu também, pois, como secretário municipal e membro destacado da equipe administrativa, ele também havia contribuído para a sua elaboração.

Com isto, uma das suas primeiras realizações foi a conclusão do trabalho de implantação do loteamento industrial e residencial, que havia sido iniciada no governo anterior. Régis, até pelo fato de haver sido secretário municipal da fazenda, deu particular ênfase aos programas de fomento das atividades econômicas no município. Conseguiu fazer surgirem (atraindo de fora ou estimulando a iniciativa de empreendedores locais) uma indústria de móveis e outra de peças em fibra de vidro, além de restaurante e de prédios industriais e comerciais que foram construídos para serem alugados.

Para estimular estas iniciativas, a prefeitura oferecia até 90 % de subsídio na compra do lote quando a finalidade era a instalação de uma indústria ou comércio. Além disto, a prefeitura entrava com 70 % dos custos de materiais como brita, areia e cimento. E ainda oferecia terraplenagem e infra-estrutura de energia e água.

Régis empenhou-se, principalmente, no desenvolvimento da avicultura, Inspirando-se, para isto, no trabalho que vinha sendo desenvolvido pela prefeitura de Tupandi. Para quem quisesse implantar um aviário no município, a prefeitura pagava 50 % das telhas, terraplenagem e acesso. E ainda fornecia a água gratuitamente. Eram eliminados, assim, custos significativos do negócio.

Município em construção

Mesmo gastando muito no estímulo às atividades produtivas, ainda sobrou bastante para a realização de obras e melhoramentos para a população. Graças, é claro, a uma rígida política de contenção de gastos supérfluos na prefeitura.

Neste governo foi implantada a central de telefonia automática no município. Sendo que, para isto, a prefeitura doou o terreno e o prédio para a Companhia Telefônica Rio-grandense.

Foi construída, também, a primeira creche do município, atendendo a uma grande reivindicação dos pais que trabalhavam fora e não tinham com quem deixar seus filhos.
No governo de Régis Fritzen foi muito ampliada a rede de água potável no interior do município e foram realizadas obras de asfaltamento de ruas. E estas obras foram feitas com o dinheiro do caixa da prefeitura, sem pedido de financiamento. Uma demonstração de prudência difícil de se ver num administrador público – mesmo os mais experientes – e que foi dada por um jovem de menos de 30 anos.

Régis construiu a ponte baixa ligando o centro da cidade ao Loteamento Industrial e Residencial, ampliou as escolas de Vale Suíço e Morro Carrard, concluiu campos de futebol e iniciou a construção do Centro de Complementação Curricular, um grande prédio que abriga também a Secretaria de Educação, a Biblioteca Pública Municipal e a Câmara de Vereadores e que foi concebido pelos secretários municipais Leomar Willrich e Astor Wagner.

Além disto tudo, Régis ainda ampliou o maquinário rodoviário da prefeitura, construiu o Centro Comunitário da localidade de Canastra e iniciou a construção de dois outros centros comunitários em Vale Suíço e Morro Carrard. Obras que foram concluídas pelo seu sucessor, o prefeito Leomar Willrich.

A continuidade administrativa tem funcionado positivamente na administração municipal de São Vendelino. Régis Fritzen, que foi secretário municipal na administração de Jair Baumgratz, foi o segundo prefeito. Leomar Willrich, que também foi secretário municipal no primeiro e segundo governos municipais, foi o terceiro e, depois dele, Régis voltou a assumir o comando do município.

Com o passar do tempo os aviários e as empresas implantadas em São Vendelino começaram a dar resultados financeiros, contribuindo para aumentar a arrecadação de impostos do município. Para se ter uma idéia, ao longo da primeira administração de Régis Fritzen, a capacidade de produção dos aviários vendelinenses passou de 570 mil frangos por ano para 1.500 mil.

Com o aumento de arrecadação proveniente dos impostos gerados por empresas e produtores rurais, a prefeitura pode conceder mais benefícios para a população sem jamais perder a sua capacidade de investimento. Ainda no governo de Régis Fritzen, o Posto de Saúde passou a atender diariamente das sete da manhã às sete da noite, sem fechar ao meio-dia, proporcionando atendimento constante ao público com médicos, dentistas e auxiliares de enfermagem.

Renato Klein113 Posts

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