Prefeitura notifica Corsan por transtornos após obras no centro

Prefeitura de Montenegro critica qualidade do serviço e demora na conclusão que estão prejudicando a população - Crédito: ACOM/Prefeitura

Iniciadas no dia 15 de fevereiro, as obras de substituição de rede pela Corsan nas ruas Ramiro Barcelos e Olavo Bilac seguem causando transtornos aos montenegrinos. Além da poeira que invade casas, lojas e escritórios, os buracos representam grande risco para motoristas e, especialmente, para ciclistas e pedestres. Como o prazo de conclusão não foi cumprido e a qualidade do serviço não atende aos princípios do contrato da estatal com o Município, a Prefeitura notificou a companhia na manhã desta quinta-feira.
Na prática, a Corsan está desativando a rede antiga, cheia de remendos e constantes vazamentos, e instalando nova tubulação na outra lateral das vias. Nesse processo, tem o dever de cobrir as “cicatrizes”, sem prejuízos ao tráfego. Contudo não é isso que está ocorrendo.

De acordo com o engenheiro Leonardo Tyrone, da Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP), na Ramiro Barcelos (entre Osvaldo Aranha e Olavo Bilac), aparentemente foi concluída a execução da pavimentação asfáltica nova nas faixas escavadas. “Nestas faixas, constatou-se a depressão da pavimentação (em relação à existente), denotando assim um defeito (precoce) de superfície asfáltica, denominado ‘Afundamento por consolidação localizado – ACL”. Entre outras causas prováveis, tem origem na falha de compactação e/ou não observância de tempo para recalque natural do solo/base e aplicação célere da camada de revestimento asfáltico”, explica o técnico.

Em linguagem mais coloquial, significa que possivelmente o asfalto foi colocado antes que o terreno estivesse devidamente compactado. Tyrone também observa que, em alguns pontos, como em frente ao número 1886, talvez a quantidade de massa asfáltica aplicada e a compactação tenham sido insuficientes.

O engenheiro entende, ainda, que a simples reposição do asfalto sobre os canos novos não basta. “Remendos, bem ou mal executados, em pavimentos asfálticos, apesar de serem atividades de conservação ou recuperação, são considerados defeitos por apontarem locais de fragilidade do revestimento e por provocar danos ao conforto na pista de rolamento”, define. Por isso, a Administração quer que a Corsan faça o recapeamento de todo o trecho em que ocorreram intervenções. A empresa tem 30 dias para adotar as providências.
Nesta quinta-feira (11), uma reunião no gabinete do prefeito Gustavo Zanatta debateu a situação. Além do prefeito e secretários municipais, participaram a gerente da unidade de saneamento da Corsan em Montenegro, Silvani Scheid, e o coordenador operacional da unidade do município, Marcelo Faro. O secretário de Obras, Edson Eggers Machado, cobrou maior qualidade nas obras de recuperação do asfalto. Já Fabrício Coitinho, da pasta de Gestão e Planejamento, lembrou que o prazo de entrega das obras não está sendo cumprido, tendo expirado no dia 2 deste mês.

Faro disse que o prazo era uma estimativa mas que, no máximo, até a segunda-feira da semana que vem as obras devem estar concluídas. Sobre a qualidade do asfalto, o coordenador disse que sabe das críticas e que já está prevista uma nova camada para os próximos dias. Além disso, a parte que não ficou com a qualidade necessária será refeita.
O prefeito Gustavo Zanatta levou a inconformidade da Administração à direção da Corsan, em Porto Alegre. Em reunião virtual, conversou com o diretor administrativo, Fabiano Siqueira. Além de agilidade, pediu que a companhia faça o recapeamento de todo o trecho onde ocorreram obras e não apenas a cobertura da faixa aberta. “A nossa principal rua está destruída”, reclamou, na expectativa por uma resposta positiva da companhia. A resposta deve vir nos próximos dias.

A obra
Segundo a Prefeitura, a Corsan está realizando, desde o dia 15 de fevereiro, a troca de adutora e conexão dos ramais de distribuição de água do trecho da Ramiro Barcelos compreendido entre as ruas Osvaldo Aranha e São João, bem como de parte da Olavo Bilac, entre a Ramiro Barcelos e a João Pessoa, em frente ao Correio.
A previsão era de conclusão dos trabalhos em 15 dias. Já se passaram 25.

Fonte: ACOM/Prefeitura

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