Índios negam hostilidades e dizem que não vão sair

Moradores do bairro Centenário denunciam desmatamento, barulho e falta de condições de higiene - Crédito: Jaime Buttenbender

O cacique Eliseu Claudino, da tribo dos índios Kakingang que estão no bairro Centenário, se manifestou sobre o documento enviado pela Câmara de Vereadores de Montenegro ao Ministério Público nesta segunda-feira, dia 2 de agosto.

Cacique Eliseu confirma que houve ligação de energia em poste porque precisavam de luz
– Arquivo/FN

Eliseu nega que tenha tido alguma hostilidade entre índios e moradores do bairro. Sobre a denúncia de que tenha ocorrido ligação clandestina de energia elétrica, o cacique confirma. “Tem só um poste para 33 famílias. Pedimos autorização para a Prefeitura, mas não deram resposta. Só um poste não dá para todos. Temos muitas crianças e idosos, inclusive doentes. Mês passado atrasou o pagamento e foi cortada a luz. Nós pagamos, mas não veio a luz. Fizemos uma ligação porque precisávamos de energia”, justifica. Já sobre a água, Eliseu diz que está sendo usada da Corsan, da rede da creche, que fica ao lado.

Quanto à posição dos vereadores, de que o local em que estão não é adequado para a tribo e o pedido de remoção dos indígenas para outra área de terras, Eliseu diz que os Kaingang já decidiram que querem ficar onde estão. “Pretendemos ficar aqui neste local. Fica mais perto do centro, para vender nosso artesanato”, declara o cacique. Ele diz que vai procurar também o Ministério Público e pedir uma reunião com o prefeito e vereadores. “Vamos buscar nossos direitos”, conclui.

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