Salvador do Sul pode decretar situação de emergência por causa da estiagem

Prefeito esteve reunido com gerente da Corsan, secretários municipais e representantes do Sindicato e Emater Crédito: Prefeitura

O prefeito Marco Aurélio Eckert recebeu no seu gabinete nesta quinta-feira, dia 2, a gerente da Corsan, Zelmira Leonhardt, representantes das instituições financeiras, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Josiane Deuner, engenheiro agrônomo e responsável pelo Escritório da Emater em Salvador do Sul, Leandro Marques, secretário de Desenvolvimento Econômico Roberto Beschroner e sua equipe para debater a situação da estiagem severa que atinge o Rio Grande do Sul, e consequentemente, o município de Salvador do Sul. Na oportunidade, as lideranças discutiram a probabilidade de decretar situação de emergência, levando em consideração a capacidade da barragem do município, hoje em 20%, segundo a Corsan, e as perdas na agricultura, sendo 50% da safra de milho/grão e 70% da Silagem, conforme Emater, o que traz um efeito em cascata pro município. “A situação em 2023 está ainda mais grave que no ano passado e a comunidade precisa apoiar no consumo responsável da água”, destacou o prefeito.

Em nota, a Corsan destacou ainda que desde novembro vem adotando ações para garantir o abastecimento e evitar racionamento, mas está atualmente trabalhando no limite máximo. “Há muitas semanas a represa de captação de água que abastece o município de Salvador do Sul, localizada em Campestre Alto, varia sua capacidade entre 20% a 60% de água. Para conseguir atender estamos acionando os dois poços artesianos, que é mantido pela CORSAN como reserva para situações emergenciais como a que estamos passando neste momento. Os poços também estão operando em sua capacidade máxima diária”, explicou Zelmira.

No mês de janeiro do ano de 2023 o Poço Roesler trabalhou 327 horas com produção de 50m³ por hora. No poço do Léo foram bombeados 123 horas com produção de 30 m³ por hora. Num total de 20.040 (vinte milhões e quarenta mil litros) de água bombeados no arroio. Mais de 50% do total consumido pela população. “Sem isso teríamos um racionamento de 12 horas sem água por dia durante todo mês de janeiro. Comparado ao ano de 2022 em cinco períodos distintos, onde fora necessário o acionamento dos poços em janeiro, fevereiro, março e dezembro, foram 328 horas de bombeamento. São 122 horas a mais de bombeamento somente em janeiro de 2023 do que todo ano de 2022”, avaliou a gerente da Corsan.

Desta forma, torna-se bem possível o racionamento a qualquer momento. A previsão do clima não é nada animadora, pois não há previsão de grandes volumes de chuva. E mesmo com a situação grave, o consumo foi elevado em janeiro de 2023. “Computados 38.755.000 litros de água produzidos e distribuídos, quando a expectativa era de 32 milhões de litros para o período. Entendemos que o calor está intenso, mas, a situação é crítica e preocupante”, alertam.

A prefeitura em breve divulgará novas medidas, mas por enquanto a população precisa colaborar no consumo responsável. Entre as dicas para evitar desperdícios estão:
– Não lavar carros e calçadas;
– Evitar encher piscina;
– Tomar banhos curtos;
– Verificar as torneiras e possíveis vazamentos;
– Molhar as plantas com regador.

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