Salvadorense vive de perto as emoções da Copa no Catar

Crédito: Arquivo Pessoal

Residindo no Catar há cerca de três anos, Iurgen Hummes Specht, natural de Salvador do Sul, vibra com a possibilidade de curtir a Copa do Mundo/2022, praticamente, no quintal de casa. “Eu moro a 15 minutos do Estádio de Lusail, onde ocorrerão dois jogos do Brasil, além da final. Com metrô ou carro, dá para chegar em qualquer estádio com muita facilidade”, conta o salvadorense, que acompanhou os dois gols de Richarlison contra a Sérvia, na tarde da quinta-feira, dia 24, em posição privilegiada, acomodado com a banda da torcida brasileira na arquibancada atrás da goleira.

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O clima, conforme relata Iurgen, é de muita confiança na conquista do hexacampeonato pelo conjunto de Tite. Poucas horas depois de finalizada a estreia vitoriosa na copa, a euforia ainda era muito grande. “Com certeza, um dos dias mais felizes da minha vida. Milhares de brasileiros no pré-jogo, metrô lotado, com cantorias. O dia inteiro, do início ao fim, foi de festa e alegria”, conta.

Quando da Copa de 2014, o salvadorense não conseguiu acompanhar jogos nos estádios. Iurgen Specht era jogador profissional de vôlei – passou por equipes tradicionais do país, como Bento Vôlei, Medley/Campinas e Voleisul, e da Espanha, Alemanha e Turquia – e estava em meio de temporada.

A carreira de jogador de vôlei o levou ao Catar, mas acabou sendo abreviada por uma lesão de joelho. A partir daí, Iurgen passou a trabalhar como preparador físico. Aos 30 anos de idade, ele hoje é gerente de um estúdio de treinamento ligado a uma franquia da Austrália.

Crédito: Arquivo Pessoal

Perguntado sobre a maior dificuldade de adaptação ao pequeno e rico país do Oriente Médio, é bem objetivo: o calor. “Nos meses de calor, a temperatura chega a 50 graus, com sensação térmica ainda maior. São meses vivendo no ar condicionado e sem sensação de ar fresco. Por ser deserto, é um país com pouca natureza. Isso também é complicado se adaptar no início, ainda mais vindo de um país com tanta abundância”, relata.

Como aspectos positivos, o salvadorense destaca a qualidade de vida e o espírito acolhedor dos cataris, tanto que por enquanto não faz planos de retornar ao Brasil. “Honestamente, chega a ser engraçado muitas vezes vendo a mídia divulgar sobre o Catar. O país é sensacional, mega estruturado. Cerca de 75% da população não é Catari, então no dia a dia o convívio é muito maior com pessoas de outras nacionalidades”, assinala.

Crédito: Arquivo Pessoal

Além da estreia vitoriosa do Brasil na Copa, Iurgen, junto com a companheira, Rafaela Ruiz, esteve na abertura oficial da competição. Ele adquiriu ingressos para os três jogos da seleção na primeira fase, mais um para as oitavas de final. Mas a ideia, garante, é acompanhar toda a campanha brasileira.

Para os brasileiros que desejam conhecer o Catar, a dica é de que tentem ir entre os meses de novembro e fevereiro, quando o clima é mais agradável.

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