Mãe de Jordana passa mal no júri e é atendida pelos bombeiros

Julgamento do padrasto que matou enteada em Bom Princípio segue durante a noite no Fórum do Caí - Crédito: Guilherme Baptista/FN

Segue em andamento no Fórum de São Sebastião do Caí o júri do caso Jordana. No final desta tarde ainda ocorre o interrogatório do réu. Depois iniciam os debates entre acusação e defesa. A expectativa é de que a sentença saia ainda na noite desta quinta-feira, dia 6.

Um dos momentos mais tensos foi por volta de 15 horas, quando a mãe da vítima prestou depoimento, sendo interrogada pela acusação e defesa. Ao relembrar os fatos, acabou passando mal e necessitou de atendimento dos Bombeiros Voluntários Caienses. Teria tido uma crise de nervos, chegando a desfalecer. Foi levada pelos bombeiros.

Só foram arroladas testemunhas por parte da acusação, num total de seis, incluindo delegado, comandante dos bombeiros e primeiro policial militar a chegar no local. Os advogados de defesa tentaram adiar o júri, alegando a necessidade de uma perícia para analisar a integridade mental do réu, mas a juíza Priscila Anadon Carvalho decidiu por manter o julgamento e que isso fosse visto posteriormente.

Jordana Tamires Christ Watthier, de 13 anos, foi estuprada e morta pelo padrasto, Elias dos Santos Silvestre, de 40 anos, em 4 de abril de 2021, um domingo de Páscoa, em Bom Princípio. Após o bárbaro crime, ocorrida na localidade de Santa Teresinha, o corpo da menina foi encontrado na margem do arroio Forromeco, próximo da RS 122. O acusado fugiu para São Sebastião do Caí e Montenegro, até se entregar para a Brigada Militar em Teutônia, cinco dias após o crime.

Pela Polícia, Elias foi indiciado por feminicídio e estupro de vulnerável, por envolver menor de 14 anos, penas que somadas podem ultrapassar os 45 anos de prisão. Ele tinha um relacionamento de um ano com a mãe de Jordana, que residia no loteamento Gauger, em Nova Colúmbia. O acusado já tinha antecedentes por três crimes sexuais, sendo dois contra menores, de 14 e 15 anos, e um roubo, tendo sido condenado a 12 anos de prisão e estava em liberdade condicional.

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