Hospital Montenegro deixa de atender traumato-ortopedia

Mutirão no HM inclui cirurgias de Hérnia e de Vesícula - Arquivo/FN

Em nota publicada nesta terça-feira, dia 18, a direção do Hospital Montenegro (HM) informou sobre a interrupção no atendimento do serviço de traumato-ortopedia.

Conforme a direção do HM, em nota assinada pelo diretor executivo Carlos Batista da Silveira e pelo diretor técnico Jean Ernandorena, o hospital, desde 2013, presta um atendimento resolutivo na área de traumato-ortopedia, fornecendo aos pacientes que acessam a instituição, exclusivamente através do Pronto Socorro, uma linha de cuidado integral, com avaliação do profissional traumatologista, realização de exames de imagem, imobilizações, colocação de gesso, realização de cirurgias e posterior acompanhamento em ambulatório até a efetiva alta do paciente. “A instituição chegou a pleitear a habilitação para prestar serviços de alta complexidade, já que havia insatisfação dos secretários municipais de saúde do Vale do Caí com a referência atual, e a capacidade instalada do HM era adequada e satisfatória, O pleito, porém, não evoluiu e o processo administrativo encontra-se em análise pela Secretaria Estadual de saúde”, informa a nota.

De acordo com a direção, o hospital chegou a atender nesse período uma média mensal de 300 consultas e 20 cirurgias, atendimentos esses que agora serão absorvidos pelas referências de Esteio, através do Hospital Municipal São Camilo, e Sapucaia do Sul pela Fundação Municipal Getúlio Vargas.

Os diretores do Hospital Montenegro lamentam que, com a implementação do Programa Assistir, no mês de agosto, e a implantação do novo sistema de regulação estadual GERCON agora em outubro, a instituição viu sua receita cair drasticamente em mais de R$ 360 mil mensais, impactando rigorosamente na sua saúde financeira. Por isso alegam que houve a necessidade de uma reavaliação de toda sua estrutura operacional e capacidade instalada, com reflexo direto na diminuição da oferta de serviços pelo SUS à população. “Considerando que a instituição não recebe nenhum incentivo ou financiamento específico para prestar o serviço de traumato ortopedia, e respeitando a pactuação da Resolução número 343/22 CIB/RS, reiteramos que, infelizmente, não há mais viabilidade de oferta do serviço nos moldes em que era realizado.

O diretor Carlos Batista afirma que o Hospital Montenegro era referência dentro do programa de orçamentação, mas com a mudança houve corte nos recursos e a oferta do serviço ficou inviável. “Quem cai de moto, por exemplo, vai no hospital, faz o gesso e depois volta para a Secretaria da Saúde, que vai ter de levar para Esteio ou Sapucaia para fazer cirurgia e outros atendimentos necessários”, lamenta.

O HM ressalta que o serviço de urgência e emergência permanece sem alterações.

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