Prefeito do Pareci nega irregularidades: “não fizemos nada de errado”
A reportagem do Fato Novo conversou com uma das pessoas que protocolou o pedido de impeachment contra o prefeito e vice-prefeito de Pareci Novo. E também entrevistou o prefeito Alexandre Barth.
Andreia Guimarães, que protocolou o pedido ontem, quinta-feira, juntamente com Nilo Campos Teixeira, revelou que a documentação encaminhada se refere a denúncias sobre irregularidades em licitações. “Vamos aguardar que os vereadores analisem a documentação para então se pronunciar”, declarou, com relação ao que motivou a solicitação de cassação do prefeito. “Esperamos que os vereadores cumpram o seu papel de averiguar e fiscalizar. Nosso papel de cidadão a gente fez”, completa, garantindo que foram anexados ao pedido de impeachment documentos que comprovam as denúncias.
O prefeito Paulo Alexandre Barth diz desconhecer o motivo do pedido de impeachment contra ele e o vice-prefeito Fábio Schneider, ambos do PDT. “Não sei quais são as denúncias. Não fizemos nada de errado”, estranha. “Os vereadores da oposição estão articulando isso”, completa. “Estamos fazendo um trabalho bom. Temos 4 milhões em caixa”, afirma Alexandre. “Nós estamos tranqüilos, recebendo várias mensagens de apoio. Mas fico triste, já que isso nunca tinha acontecido em Pareci Novo”, conclui.
Conforme a secretaria da Câmara, o envelope com a documentação entregue ontem, antes da sessão, ainda não foi aberto. Isso só deve ocorrer na sessão da próxima quinta-feira, dia 16. Na ocasião, será feita a leitura na íntegra e já realizada a votação em plenário para que os nove vereadores decidam pela admissão ou não do pedido de impeachment. Caso seja vetado, o processo é arquivado. Mas se for aprovado deverá ser criada uma comissão de vereadores (presidente, vice e relator) para realizar os trabalhos, ouvindo as partes e apurando as denúncias, dentro do prazo de 90 dias. Neste caso, após concluído o relatório, é feita nova votação para decidir se ocorre ou não o impeachment, mas aí necessitando dois terços do número de votos (6) para que seja aprovada a cassação. “Vamos analisar de forma imparcial e cumprir o nosso papel de fiscalizar, fazendo o julgamento em plenário”, diz o presidente da Câmara, vereador Augusto Kappes (Republicanos).
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