Oito anos após tragédia do Bom Fim, família vai receber terreno

Milton e Claudia Ost perderam a filha e neta num desmoronamento que destruiu a casa da família em 2013 e desde então a área está interditada, sendo trocada por um terreno que somente agora deverá ser regularizado para poder construir - Reprodução/FN

O casal Milton Achamachar e Claudia Ost, de 53 e 44 anos, mais o filho Samuel, de 13 anos, recebeu um verdadeiro presente de Natal. Oito anos após a tragédia que acometeu a família no Bom Fim Baixo, em Bom Princípio, finalmente uma ação que ameniza um pouco a dor pela perda da filha Sabrina e da neta Kamily. A jovem tinha 19 anos e sua filha apenas 7 meses de vida quando ambas morreram num desmoronamento da residência em que moravam, na chuvosa noite de 12 de novembro de 2013. A casa ficou destruída e outra ao lado também foi atingida pelo deslizamento. Desde então a área está interditada.

Em 2013 a casa da família foi destruída pelo desmoronamento que matou uma jovem e seu bebê
– Arquivo/FN

Além da dor pela perda da filha e neta, o casal ficou sem ter onde morar. Claudia lembra que por seis meses chegaram a receber auxílio aluguel. Parte do terreno da mãe de Claudia foi liberada e ela construiu outra moradia para ela. Já o filho mais velho de Milton e Claudia, de 25 anos, se casou e foi morar em outro local. O casal e o filho mais novo, entretanto, seguiram pagando aluguel, enfrentando grandes dificuldades financeiras, já que tinham perdido tudo.

Depois de muito empenho junto ao poder público e diversas ações, finalmente na última quarta-feira, dia 23, veio a boa notícia. Na sessão extraordinária da Câmara Municipal de Bom Princípio foi aprovado por unanimidade o projeto, enviado pelo Executivo, autorizando permuta entre a área interditada da família no Bom Fim Baixo por um terreno do município no Loteamento Jacobi, no Morro Tico-Tico. Com isso, agora vão poder construir no loteamento, enquanto o local que foi interditado deverá ser preservado como área verde, por ser de risco. Milton e Claudia estavam na sessão e agradecem o apoio dos vereadores, prefeito, servidores e todos que ajudaram para que o sonho se concretizasse. Agora eles iniciam outra luta que será a construção da casa. Como Milton trabalha como pedreiro, dependem de conseguir materiais de construção para finalmente terem novamente a casa própria.

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