Após concessão, pedágio pode ser de quase 12 reais

Neste ano o pedágio continua em Portão, mas a tarifa deve quase dobrar e depois serão instaladas novas praças na RS 122 e RS 240 - Crédito: Jefferson Bernardes/Agencia Preview/EGR

No final de janeiro de 2023 a tarifa do pedágio, na praça de Rincão do Cascalho, em Portão, deve quase dobrar. Do atual valor de R$ 6,50, deve passar para aproximadamente R$ 11,70.

Ontem, quinta-feira, o Governo do Estado assinou o contrato de concessão das rodovias do Bloco 3, que inclui a RS 122 e RS 240, que passam pelo pedágio do Portão, passando a gestão para o Consórcio Integra Sul, vencedor do leilão em abril. O consórcio deverá administrar e explorar as rodovias por trinta anos, prometendo um investimento de até 3,4 bilhões de reais.

Nos próximos trinta dias será feita a transição da gestão das rodovias, passando da EGR para o Integra Sul. Em um ano devem ser instaladas as novas praças, desativando o pedágio de Portão. Uma está prevista para o quilômetro 4 da ERS 122, no Areião em São Sebastião do Caí. E a outra na altura do quilômetro 30 da RS 240 na localidade de Paquete em Capela de Santana, próximo da divisa com Montenegro. E a cobrança vai ocorrer nos dois sentidos.

Os prefeitos do Caí, Júlio Campani, e da Capela, Alfredo Machado, vem lutando contra a instalação dos novos pedágios em seus municípios, argumentando que vão gerar grandes prejuízos. No caso do Caí o Governo do Estado prometeu ver alguma alternativa, como alteração do local da praça ou isenção de pagamentos aos veículos emplacados no município, mas nada foi definido ainda. Campani voltou a se reunir com representantes do Governo na última quarta-feira, mas ainda não obteve retorno sobre qual medida será adotada.

O Governo alega que somente com a concessão poderão ser realizados os investimentos necessários na melhoria das rodovias, já que o Estado não dispõe de recursos para executar as obras. Além de melhorias na pavimentação, também devem ser construídas passarelas, viadutos, duplicações de pista, terceiras faixas, ciclovias, acessos, sinalização e iluminação, mais a oferta de serviços como de guincho e ambulância. Isso deve ocorrer de forma gradativa, iniciando com pequenos reparos, começo da recuperação em 2024 e obras maiores a partir de 2025.

O Ministério Público (MP) anunciou que investigará a concorrência realizada para a concessão, atendendo solicitação da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Estado (Fetransul), que encaminhou uma representação alegando irregularidades no leilão, que teve um único participante. Entretanto o Governo garante que todo o processo foi feito de forma legal e que não existe a possibilidade do contrato ser anulado.

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