Justiça condena funcionária de creche acusada de torturar bebê no Caí

Câmara registrou momento em que monitora pressionou um travesseiro contra o rosto de uma criança de 1 ano em creche do Caí - Reprodução

O caso ocorreu em 10 de janeiro de 2018 e ganhou grande repercussão na época. Mais de cinco anos depois, a Justiça condenou a ex-funcionária de uma creche particular de São Sebastião do Caí pelo crime de tortura praticado contra um bebê de um ano de idade. A ré foi condenada a dois anos e seis meses de prisão em regime fechado. A promotora de Justiça Cláudia Rodrigues Pegoraro diz que vai recorrer para o aumento da pena aplicada.

Na denúncia, o Ministério Público (MP) informou que “a ré submeteu a menina, que se encontrava sob os cuidados e supervisão da creche, e sobre quem detinha poder e responsabilidade, com emprego de violência, e intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal”. Segundo a denúncia do MP, na oportunidade, inconformada com a agitação da menina, a ré sacudiu a vítima com agressividade e pressionou um travesseiro contra seu rosto. Na mesma ocasião, o MP ressalta que a mulher ainda “socou a mesma menina contra um colchãozinho verde, com raiva”.

Caso ocorreu cinco anos atrás em escolinha particular do bairro Quilombo
– Crédito: Arquivo

A ex-monitora da creche, de 28 anos, ainda pode recorrer em liberdade. Imagens foram registradas por uma câmera de segurança. A investigação apontou que a violência teria ocorrido para que a criança parasse de chorar. O vídeo causou revolta nos pais e chocou a comunidade. A monitora teria alegado ter colocado no rosto da criança um “cheirinho” para acalmá-la. Ela chegou a ser presa e indiciada por tentativa de homicídio, em razão de asfixia, mas dias depois ganhou o direito de responder ao processo em liberdade. A dona da creche Arco Íris também chegou a ser presa logo após o caso, acusada de fraude processual. Segundo a Polícia Civil, ela teria contratado um técnico de informática para apagar as imagens do HD do sistema de monitoramento da escolinha, situada no bairro Quilombo. O técnico também chegou a ser preso. Entretanto, no dia seguinte os dois ganharam liberdade.

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