Empresa pede passagens a R$ 6,40, mas Prefeitura autoriza R$ 4,80

Aumento de 21,5% nas passagens dos ônibus urbanos passa a vigorar na segunda-feira - Crédito: Prefeitura

A partir de segunda-feira, dia 6, a passagem de ônibus nas linhas municipais será reajustada, passando de R$ 3,95 para R$ 4,80 no modelo comum (ônibus azul), e de R$ 4,75 para R$ 5,80 nos veículos seletivos (amarelinho). Conforme a Prefeitura, a Silas (Viação Montenegro), concessionária do serviço de transporte coletivo, havia solicitado um aumento muito maior, para R$ 6,40. Entretanto, a Prefeitura não aceitou o índice e estabeleceu um teto com o novo valor.

Nesta terça-feira, dia 30, o secretário-Geral do Município, Vlademir Ramos Gonzaga; o secretário da Fazenda, Antônio Miguel Filla; o gerente de Contratos e Convênios, Silvio Kael; e o diretor de Transporte e Trânsito, Paulo Reinaldo Tempass Júnior, participaram de uma coletiva de imprensa, esclarecendo todos os pontos envolvendo o reajuste.

Representantes da Prefeitura falaram sobre as negociações com a empresa
– Crédito: Prefeitura

Silvio Kael destacou a crise no modelo de negócios do setor de transporte coletivo, que tem causado discussões em diversas cidades. “Em Porto Alegre, a Prefeitura tem que gastar dinheiro público para garantir o transporte. Foram reduzidas gratuidades e o problemas segue longe de ser resolvido”, disse Kael.

Vlademir lembrou que os reajustes estão previstos em contrato, mas que desde 2019 não ocorreram. O secretário anunciou a contratação de uma empresa de consultoria, para fazer um diagnóstico do quadro atual e, a partir disso, remodelar o sistema de transporte público em Montenegro.

O diretor de Transporte frisou o estado de greve, declarado pelos funcionários da Silas em Montenegro, e os esforços para garantir que a comunidade não fique sem ônibus. “Se a greve for confirmada, teremos apenas 30% das linhas mantidas, o que não queremos. Estamos tentando evitar o pior”, garante Tempass.

As discussões com a empresa sobre linhas disponibilizadas e um reequilíbrio contratual vão continuar. O estopim da crise foi a pandemia da Covid-19, com as restrições de circulação de pessoas e a redução da atividade econômica. A Silas chegou a pedir à Prefeitura um aporte de R$ 6 milhões, o que foi rechaçado. Contudo, sensível à importância do transporte na vida de milhares de pessoas, a Administração Municipal aceitou provisoriamente a redução da idade da frota e de linhas, avaliando ainda a redução de impostos nos serviços da empresa.

A possibilidade de abertura de nova concorrência pública para escolha de outra empresa disposta a fazer o transporte existe. Porém, nas disputas anteriores, somente a Silas demonstrou interesse. Não há certeza, portanto, de que haveria interessados agora. Já houve redução de linhas, mas as atuais devem ser mantidas e não deve haver prejuízo na qualidade do serviço prestado.

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