Seu Plínio e Ellemer Juchem

Ellemer foi um importante comerciante de São Sebastião do Caí Arquivo/FN

Em 1946, com apenas seis anos de idade, o menino Ellemer Juchem começou a trabalhar na oficina de bicicletas de seu pai, Plínio Juchem.

As bicicletas, naquela época, eram importadas da Europa. E durante a Guerra Mundial e nos primeiros anos seguintes a ela, tornou-se impossível importar bicicletas novas e peças de reposição. Com isto, o conserto se tornava difícil e muitas bicicletas, depois que estragavam, ficavam paradas, tornando-se um estorvo na casa dos seus donos.

Seu Plínio, então, começou a comprar e desmontar estas bicicletas para aproveitar as peças na sua oficina. Fazendo isto – e até fabricando peças – ele conseguia fazer o conserto de bicicletas que, de outro modo, ficariam inutilizadas.

Assim Seu Plínio fez a fama da sua oficina, que tornou-se a mais famosa da região. Quando voltou a importação de bicicletas novas, ele passou a vender bicicletas. Contando sempre com a ajuda do filho Ellemer.

A partir da compra de bicicletas velhas para o aproveitamento das peças, seu Plínio começou um outro negócio: a compra de móveis e objetos antigos. Ou seja, de antiguidades que ele revendia para pessoas ricas da cidade como objetos de decoração. Ellemer também o ajudava nestas tarefas e foi aprendendo.

Seu Plínio era um homem de muitos talentos, e muito trabalhador. E foi, inclusive, músico. Outra coisa que Ellemer aprendeu com ele, tornando-se um excelente bandeonista. Tocava em três orquestras simultaneamente, Havaí de São Leopoldo, Eldorado de São Sebastião do Caí e RE FA SI de Veranópolis entre os anos de 1958 a 1964.

E outra exemplo do seu Plínio que seu filho Ellemer seguiu foi o de aplicar o dinheiro ganho nas fases boas em prédios comerciais para alugar.

Seguindo o exemplo do pai, Ellemer começou a sua vida assumindo a Casa das Bicicletas, em 1960, aos 20 anos de idade. Ao mesmo tempo, ele atuava como músico profissional e fazia também entrega de pão por boa parte do município, inclusive Capela e Portão que, na época, pertenciam ao Caí.

Com o tempo, na medida que seu pai se tornava mais velho, Ellemer foi assumindo, a venda de antiguidades. E todos estes negócios ele foi aperfeiçoando, inclusive com a construção de prédios adequados. Já pensando na sua aposentadoria, ele passou a construir prédios para alugar.

Ellemer foi casado com Nara Blauth Juchem e teve duas filhas, Barbara e Celeste (as duas são dentistas com consultório no centro da cidade). Sempre acreditou no progresso do Caí. Não investiu fora do município e nunca se arrependeu desta decisão. Ele também dava preferência aos profissionais da cidade e aos fornecedores locais. Só comprava fora o que não encontrava no Caí.

Ellemer teve uma participação muito ativa na sociedade caiense. Foi presidente do Lions Clube, diretor do SPC local, ocupou cargos de diretoria do Country Tênis Clube, CTG Lauro Rodrigues, foi também professor de contabilidade geral comercial na escola Cinecista de 2º grau Alceu Masson, de 1966 a 1975. Ellemer faleceu no dia 9 de novembro de 2016 aos 76 anos.

Renato Klein113 Posts

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