Prefeito diz que áudios foram gravados de forma ilegal e não teme impeachment

Alexandre Barth iria prestar depoimento no final da tarde desta sexta-feira, mas a oitiva acabou sendo cancelada - Reprodução/FN

O prefeito Alexandre Barth se diz tranqüilo sobre a aprovação da abertura do processo de impeachment, ocorrida ontem de noite, quinta-feira, dia 16, na Câmara de Vereadores. “Não esperava que fosse diferente. Vamos aguardar os próximos passos”, diz. Sobre as gravações, que constam na denúncia sobre possíveis irregularidades em licitações, diz que foram obtidas de forma ilegal. “Não podiam ter gravado. E não aparece nada de irregular”, garante. “Mexeram com quem estava quieto e só queria trabalhar. É muito ruim para o município pedir um impeachment por coisas tão banais e insignificantes. Os vereadores poderiam ajudar no crescimento de Pareci Novo. É uma pena que estão levando o município para esse caminho”, lamenta.

Por 5 votos a 3 os vereadores aprovaram a abertura do processo de impeachment
– Reprodução/FN

Por 5 votos a 3, foi aprovada a abertura do processo de impeachment contra o prefeito e também o seu vice Fábio Schneider, ambos do PDT. O pedido tinha sido protocolado na sessão anterior por Andreia Guimarães e Nilo Campos Teixeira. Mas somente na sessão de ontem foi aberto o envelope com a documentação referente às denúncias. Por cerca de uma hora foi então lida toda a documentação referente às denúncias, que se referem a possíveis irregularidades em licitações, como de aparelhamento no videomonitoramento, tratamento de água e eletricidade. Após lida a denúncia, foi feita a votação. Os vereadores Joice Streit, Luisinho Cappra e Paulinho Silva, todos do PDT, votaram contra a abertura do processo. Mas outros 5 vereadores foram favoráveis, entre eles: Fábio Diemer (PP), Luciano Hensel (MDB), Pedro Rhoden (MDB), Gelci Mello (Republicanos) e Nilton Rossi (PP). O presidente da Câmara, Augusto Kappes (Republicanos), só votaria em caso de empate.

Em seguida foram escolhidos os membros da comissão processante, que será integrada por Fábio Diemer (presidente), Gelsi Mello (relator) e Joice Streit. Os três já se reuniram e definiram que a primeira reunião da comissão, para início dos trabalhos, foi marcada para terça-feira, dia 21. A comissão deverá ter cerca de 90 dias, após a notificação do prefeito e do vice, para concluir os trabalhos, ouvindo as partes e apurando as denúncias. Prefeito, vice, denunciantes e outras pessoas devem ser ouvidas. Após concluído o relatório, é feita nova votação para decidir se ocorre ou não o impeachment, mas aí necessitando dois terços do número de votos (6) para que seja aprovada a cassação. Nesta votação o presidente da Câmara vota. É a primeira vez que ocorre um processo de impeachment em Pareci Novo.

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