Montenegro terá Centro de Referência da Mulher

Serviço será instalado no prédio da Secretaria da Habitação, na Rua Apolinário de Moraes, fundos do Hospital Montenegro - Crédito: Prefeitura
A criação de um espaço para prevenção e enfrentamento à violência de gênero. Este é o objetivo da Administração Municipal de Montenegro ao enviar, para a Câmara, projeto de lei pedindo autorização para investir R$ 77 mil na criação do Centro de Referência da Mulher. O texto foi remetido quinta-feira e deve ser apreciado pelos vereadores em breve.
De acordo com o secretário municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, Luís Fernando Ferreira, no local, haverá atendimento psicológico, social e de orientação e encaminhamentos jurídicos necessários à superação da situação de violência, contribuindo para o fortalecimento da mulher. “Infelizmente, Montenegro tem índices elevados de agressões domésticas e muitas mulheres querem fugir desse quadro, mas não se sentem amparadas. Essa iniciativa pretende minimizar o problema”, afirma.
Em ofício encaminhado junto ao projeto de lei, o prefeito Gustavo Zanatta aponta que o novo centro de referência será um espaço estratégico da política de enfrentamento a este grave problema social. “Sua atuação será articulada com as instituições governamentais que integram a Rede de Atendimento às mulheres vítimas de agressões físicas e psicológicas”, reforça.
Dos R$ 77 mil a serem investidos, R$ 65 mil virão do Governo do Estado. Além de atendentes, a equipe terá pelo menos um psicólogo e um assistente social, entre outros profissionais. O serviço será instalado no prédio da própria Secretaria, na Rua Apolinário de Moraes, fundos do Hospital Montenegro.
Os números da violência contra a mulher em Montenegro são elevados. De acordo com a diretora de Assistência Social, Carliane Pinheiro, em 2021, houve 254 registros de ameaças, 106 de lesões corporais, 21 estupros e duas tentativas de feminicídio. No Rio Grande do Sul, somente neste ano, 55 mulheres já perderam a vida. “É importante ressaltar que existem muitas subnotificações. É grande a quantidade de mulheres que sofre e não denuncia”, ressalta a diretora.

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