O grande volume de chuva está fazendo o rio Caí subir rapidamente. O coordenador da Defesa Civil de São Sebastião do Caí, Enio dos Santos, alerta que o nível de elevação está muito rápido. Por isso nesta noite está previsto o início da remoção das primeiras famílias da zona ribeirinha. “A previsão é de que o rio saia da calha em torno de meia-noite e 1h da madrugada”, projeta.

Até sábado o rio estava em 2m45cm no Caí. Com a chuva do fim de semana subiu  para 6m24cm até domingo, quando estagnou e chegou a baixar para 5m33cm no início da tarde desta segunda-feira, mas aí voltou a subir rapidamente, passando da cota de atenção para de alerta e chegando a 8 metros e 2 centímetros, na régua da CPRM, às 21h. A cota de inundação é a partir dos 10m50cm. A preocupação é que a previsão é de muita chuva ainda ao longo desta semana. Por isso a Prefeitura colocou carro de som nas ruas avisando que vai iniciar a remoção de famílias em bairros como Navegantes, Quilombo, Vila Rica, Várzea e Rio Branco, que costumeiramente são atingidos pelas cheias. “Previna-se. Não deixa para a última hora”, alerta.

Em Montenegro, o rio subiu de 1m27cm no sábado para 4m18cm até às 21h30 desta segunda-feira, também estando em cota de alerta. Nas últimas 120 horas o acumulado de chuva já chega a 154,8 milímetros. E a Defesa Civil também está em alerta, de prontidão, monitorando a situação.

Vários arroios, que são afluentes do rio Caí, transbordaram e alagaram ruas e estradas de municípios da região, inclusive atingindo casas, empresas e propriedades, como em Harmonia, Maratá, Brochier, Salvador do Sul, São Vendelino, Tupandi, Bom Princípio, entre outras cidades. Além disso, na Serra também choveu bastante. Em Caxias do Sul, a régua da CPRM em Nova Palmira, mostra que só hoje o rio subiu de 1 metro para 4m29cm desde o início da tarde até 21h45, se aproximando da cota de inundação. Nas últimas 24 horas choveu 81 milímetros.

A região está em alerta total. No ano passado o Vale do Caí foi atingido por dez enchentes entre junho e novembro, sendo a última delas a maior da história na região, causando muitos prejuízos. Em caso de urgência deve ser mantido contato com a Defesa Civil ou com os Bombeiros.