Morador de São Pedro da Serra é condenado por homicídio

Ministério Público acusou o réu de homicídio duplamente qualificado

No início da noite de ontem, quarta-feira, dia 12, foi proferida a sentença de um bárbaro crime ocorrido em 4 de dezembro de 2016. O julgamento, no Fórum de Montenegro, teve como réu João Vicente Werner, de 52 anos, morador de São Pedro da Serra. Ele foi condenado a 12 anos de prisão, acusado de homicídio duplamente qualificado. E foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.

Conforme a denúncia do Ministério Público, entre a madrugada de 4 de dezembro de 2016 e a tarde do dia seguinte, uma segunda-feira, no trecho entre o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a localidade de Pesqueiro, o acusado, por meio cruel, com emprego de asfixia e colocação de lacres no pescoço da vítima, matou Willian Cardoso Félix, de 23 anos, natural de Eldorado do Sul. A vítima trabalhava como gogoboy (dançarino) em uma boate de Porto Alegre e na época tinha uma filha de 1 ano de idade.

Willian Cardoso Félix, de 23 anos, foi assassinado em 2016 em Montenegro

Segundo a investigação, o réu utilizou recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que a dopou com sonífero, e depois o estrangulou. No dia seguinte, de acordo com o apurado pela polícia, o denunciado deixou o cadáver em um matagal da localidade de Rua Nova, no interior de Montenegro. Conforme o MP, o assassinato teria sido motivado por ciúmes, já que o réu mantinha um relacionamento com a vítima e não aceitava que ele tivesse outros casos amorosos. O crime teria ocorrido após saírem de uma boate da capital e se dirigirem para Montenegro no carro do réu. Além da morte, o acusado ainda mutilou o corpo, cortando o órgão genital da vítima com uma navalha, que foi apreendida pela polícia na casa dele.

O júri popular, que iniciou pela manhã, terminou no início da noite, quando o juiz Ademar Eleuterio Junior proferiu a sentença, com base na decisão dos sete jurados. Tanto a acusação, através da promotora de justiça Maristela Schneider, como a defesa pelos advogados Fabiane da Rosa Cavalcanti, Alberto Milnickel Ruttke e Alexandre Lima Wunderlich, informaram que irão recorrer. Enquanto isso o réu permanece em liberdade até o julgamento dos recursos. Como já cumpriu sete anos, sendo parte em regime fechado e o restante em prisão domiciliar desde a pandemia, o acusado deve cumprir depois o restante da pena no regime semi-aberto.

A defesa ressaltou que o acusado não tinha antecedentes criminais e que agiu movido pela paixão. Já para a acusação foi homicídio doloso, com a intenção de matar.

 

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