Gripe Aviária: produção de frangos continua e não existe risco de transmissão por consumo humano

Em reunião realizada na Câmara de Vereadores de Montenegro, representantes da Secretaria da Agricultura do Estado garantiram que não existe risco de transmissão da gripe aviária através do consumo de carne de frango, ovos ou derivados. Portanto, a população em geral não corre risco. Além disso, a produção de frango e aves segue normal em empresas e propriedades agrícolas. Apenas na granja em que foi localizado o foco, no interior do município, foi feito o isolamento, com a mortandade de cerca de 17 mil galinhas matrizes de ovos férteis, a maior parte por causa da doença e o restante (cerca de mil) foram sacrificadas. Todas já foram enterradas. Não houve morte de aves, pela doença, em outros locais.
Sete barreiras sanitárias serão montadas a partir deste sábado, como na BR-386 e ERS-124, de desinfecção de caminhões que transportam animais, ração e leite. Elas devem ocorrer ao menos por sete dias. Não abrange a área urbana de Montenegro. E serão visitadas propriedades rurais em um raio de dez quilômetros do foco, num total de 540. “Todas estão cadastradas e serão visitadas”, afirma Francisco Lopes, do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal. “Todos poderão continuar trabalhando e produzindo. Não tem interdição”, diz Rosane Collares, diretora do mesmo departamento. Ela cita que cerca de 60 pessoas estarão na região fazendo o monitoramento e controle, incluindo barreiras sanitárias em rodovias. “O consumo de carne e ovos não têm qualquer risco para a população”, reforça. A tendência é de que, com a suspensão de exportações, terá uma maior oferta dos produtos no mercado nacional.
Notificação do MP
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) oficiou, no final da tarde desta sexta-feira, 16 de maio, a Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Rio Grande do Sul, do Ministério da Agricultura (MAPA /SFA – RS); o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria Estadual da Agricultura, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI/DDA); e a Fundação Especial de Proteção Ambiental (FEPAM). Os ofícios são endereçados para que prestem informações acerca da situação declarada de estado de emergência zoossanitária no município de Montenegro, em decorrência da detecção do vírus de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) ocorrida em um estabelecimento de aves comerciais na região.
O objetivo, segundo o promotor de Justiça Vitor Hugo Catena Chiuzuli, que instaurou procedimento no MPRS, é averiguar os impactos ambientais, sanitários e sociais, bem como verificar a adoção das medidas preventivas e de contenção cabíveis pelas autoridades atribuídas. “Estamos acompanhando a situação para que tão logo as providências sejam cumpridas, possa haver a confiança de que tudo voltou ao normal”, destaca ele.
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