“Foi uma pena exemplar”, diz promotora que atuou na acusação do feminicídio em Montenegro

Ao final do júri popular, por volta de 1h da madrugada deste sábado, dia 26, no Fórum de Montenegro, familiares da vítima Débora Michels Rodrigues da Silva, a “Debby, comemoraram o resultado. Com fotos de Debby em quadros e camisetas, pais, irmão e demais parentes, em lágrimas, abraçaram as promotoras de justiça Rafaela Hias Moreira Huergo e Graziela Vieira Lorenzoni, mais a assistente de acusação Samanta Dannus. O réu Alexsandro Alves Gunsch, de 49 anos, foi condenado por feminicídio por motivo torpe, meio cruel mediante asfixia e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena foi fixada em 26 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, tendo o réu retornado para a Penitenciária de Canoas, onde já se encontrava desde janeiro do ano passado, quando ocorreu o crime.
“Era o mínimo que a gente esperava. A justiça está sendo feita. Pelo menos uma notícia boa no meio de tudo isso”, disse, emocionado, Alex Michels, irmão de Debora e que foi o primeiro a depor no julgamento. “Envelhecemos muito, chorando. Agora a minha filha pode descansar em paz. E nós também”, declarou a mãe, Rosane, que junto com o marido Davi também prestou depoimentos emocionados durante o júri.
“Foi uma pena exemplar. O Conselho de sentença era muito qualificado e votou por unanimidade em todos os quesitos. Excelente resultado”, avalia a promotora Rafaela Huergo.
A personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva, a “Debby”, de 30 anos, foi morta em 26 janeiro do ano passado. O crime ocorreu na moradia do casal na localidade de Vendinha, interior do município, tendo depois deixado o corpo dela na calçada em frente à casa dos pais, no bairro Centenário. O casal estava em processo de separação.

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