Júri da morte da personal Debby Michels será na próxima quinta-feira e terá transmissão ao vivo

Débora Michels Rodrigues da Silva, a “Debby”, de 30 anos, foi morta em janeira do ano passado - Crédito: Redes Sociais

Vai acontecer na próxima quinta-feira, 6 de março, no salão de júri do Forum de Montenegro, o júri popular de um dos crimes de maior repercussão nos últimos tempos.  Estará no banco dos réus o fisiculturista Alexsandro Alves Gunsch, de 48 anos, que se encontra preso. Ele é acusado da morte de sua então companheira, a personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva, a “Debby”, de 30 anos. O crime ocorreu na madrugada de 26 de janeiro do ano passado, na localidade de Vendinha, interior de Montenegro, onde o casal residia.

O Ministério Público fez a denúncia contra Alexsandro, que é acusado de feminicídio. Para a Promotoria, o réu teria cometido o crime por motivo torpe e meio cruel, mediante emprego de asfixia, com recurso que dificultou a defesa da vítima, em contexto de violência doméstica e familiar, com incidência na Lei dos Crimes Hediondos. A acusação entende que o crime teria ocorrido de forma premeditada, após o réu ter consumido cocaína e não aceitar o fim do relacionamento. Além da morte, deixou o corpo da vítima na calçada em frente a casa dos pais dela, no bairro Centenário, sob um cobertor, e depois fugiu. Depois se apresentou na Delegacia de Polícia e foi recolhido ao presídio.

Em depoimento à Polícia, Alexsandro Gunsh alegou que teria ocorrido uma briga e que o casal teria trocado agressões. Também fisiculturista, declarou ter pego a companheira pelo pescoço, levantando-a e tendo a arremessado contra um guarda-roupas. Foi quando ela teria passado mal e disse que a colocou no carro para levar ao hospital, mas no caminho percebeu que a companheira já estava sem vida e devido ao desespero decidiu deixar o corpo em frente à casa dos pais dela.

Familiares da vítima pedem por justiça. “Não estamos conformados com o ocorrido. É muito difícil suportar a falta dela”, afirma o pai, o professor aposentado Davi Rodrigues da Silva, de 71 anos. Ele e a esposa não esquecem o dia em que acordaram com a movimentação de policiais e vizinhos na porta de casa e principalmente a tristeza de ver o corpo da filha na calçada. “É muita tristeza e saudade”, completa, sobre o um ano sem a presença de Debora. “Estamos na expectativa que haja justiça”, afirma o pai, apreensivo com o resultado do julgamento.

O tribunal do júri será comandado pela juíza Débora de Souza Vissoni, tendo na acusação a promotora Rafaela Hias Moreira Huergo, mais a advogada Samanta Dannus como assistente. Na defesa do réu vai atuar a advogada Daniela Schneider Couto, a qual informou que segue com a mesma linha defendida durante toda a instrução processual. “Na realidade dos fatos houve uma agressão motivada pelo calor da discussão, que sem intenção acarretou no óbito da vítima”, alega.

O júri, que poderá durar mais do que um dia, terá transmissão ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) no You Tube.

Alexsandro Alves Gunsch será julgado pela morte da ex-companheira
– Crédito: Reprodução

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