Investigado por plano de explosões no show da Lady Gaga volta a ser preso

Na tarde desta segunda-feira, dia 5, a Polícia Civil voltou a prender o morador de Novo Hamburgo, de 49 anos, acusado de envolvimento em um plano de ataque a bomba no show da cantora norte-americana Lady Gaga, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas no Rio de Janeiro no último sábado. Ele já tinha sido preso na manhã de sábado passado, quando a Polícia fez buscas em sua casa e, além de celular e equipamentos eletrônicos, encontrou um revólver sem registro. Após pagar fiança de um salário mínimo, ganhou o direito de responder ao processo em liberdade. Ele alegou trabalhar com segurança privada e garantiu não ter envolvimento com redes extremistas nas redes sociais. Entretanto, não foi à audiência de custódia. E teve então a sua prisão decretada pela Justiça, sendo considerada a gravidade do caso, incluindo a suspeita de prática de atos de terrorismo, atentado e discurso de ódio, além de ter em sua posse três armas.
O hamburguense é apontado pela Polícia do Rio de Janeiro como suspeito de ser o líder do plano terrorista que articulava lançar coquetéis molotov e outros explosivos caseiros contra o público durante o show, visando atingir crianças e o público LGBTQIA+. Segundo a investigação, ele seria um dos recrutadores de jovens para os “desafios coletivos”. Ainda na manhã de sábado, a Polícia Civil cumpriu dois mandados em São Sebastião do Caí, nos bairros Quilombo e Navegantes. Não houve prisão no Caí, mas sim a apreensão de equipamentos, como computadores e celulares. O jovem que utilizava o computador apreendido alegou que não participava do grupo suspeito e usava o equipamento apenas para jogos online.
Fake Monster
A investigação iniciou após ligação anônima ao disque-denúncia ao número 181 da Prefeitura do Rio de Janeiro em 28 de abril, avisando que o atentado estava sendo planejado através da plataforma Discord na internet. Foi desencadeada então a Operação Fake Monster, sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. A operação contou com o apoio de policiais da Delegacia de São Sebastião do Caí, da Delegacia de Polícia Regional o Interior (1ª DPRI) de Montenegro, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 2ª Delegacia de Novo Hamburgo e da Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (3ª DPRM) de São Leopoldo.
Conforme o delegado regional, Marcelo Farias Pereira, participaram das buscas no Caí doze policiais civis. Os materiais apreendidos foram encaminhados para Porto Alegre e depois ao Rio de Janeiro.
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