Exame descarta caso de gripe aviária em trabalhador da granja de Montenegro

Deu negativo para gripe aviária o resultado do exame de um trabalhador da granja do interior de Montenegro em que foi detectado foco da doença. O funcionário havia tido contato com as aves doentes da propriedade e apresentado sintomas gripais. Por isso foi medicado e mantido em isolamento.
Foi enviada uma amostra para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, sendo que nesta terça-feira o resultado descartou que fosse decorrente da gripe aviária. O laboratório é referência nacional para vírus respiratórios. Demais funcionários da granja seguem sendo monitorados, mas não apresentaram sintomas da doença.
O levantamento de pessoas com sintomas gripais entre aquelas que tiveram contato com animais infectados vem sendo realizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) desde a última semana, após a confirmação de casos de influenza aviária em aves da granja de Montenegro e no Zoológico de Sapucaia do Sul. O objetivo é identificar sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso suspeito, conforme os protocolos estabelecidos para a vigilância da doença.
O exame realizado pela Fiocruz utilizou o método de PCR, que analisa o material genético presente na amostra coletada. Também foram feitas análises para outros vírus respiratórios, como o da gripe (influenza) e da covid-19, todos com resultados não detectáveis.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforça que o risco de infecção por influenza aviária em humanos é considerado baixo. A transmissão ocorre predominantemente em pessoas com contato próximo e frequente com aves ou mamíferos infectados, vivos ou mortos. A doença não é transmitida pelo consumo de alimentos bem cozidos ou preparados adequadamente, e a transmissão entre pessoas é extremamente limitada.
A granja segue interditada e está sendo concluído o trabalho de desinfecção. Um total de 17 mil galinhas matrizes de ovos férteis morreram na granja, na última semana, a maioria em decorrência da doença e as demais foram sacrificadas. Barreiras sanitárias foram montadas em rodovias e estradas, além de visitas em propriedades de um raio de 10 quilômetros. Alguns outros casos suspeitos de focos estão sob análise no Estado e país, mas nenhum foi confirmado.
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