Felipe Kuhn Braun

No Oscar da história gaúcha, o prêmio revelação do ano vai para Felipe Kuhn Braun.

Este jovem de apenas 22 anos, dedica-se à pesquisa desde os 14 anos e já formou um arquivo monumental de informações históricas sobre a colonização alemã no Rio Grande do Sul. Ele partiu de um interesse genealógico, preocupando-se em conhecer as origens da sua própria família. Mas hoje o seu trabalho, e o seu conhecimento, transcende em muito aos limites familiares e Felipe, apesar da pouca idade, é um grande conhecedor da história da colonização teuto-riograndense.

Felipe se interessa, especialmente, pelos registros fotográficos feitos na colônia alemã, e acumula um enorme acervo de fotografias antigas.

Para conhecer melhor o trabalho que Felipe Braun vem realizando, acesse o Google e digite: Jornalismo: a memória do povo alemão

Entrando no blog, percorra o arquivo do blog, com mais de 200 postagens. Algumas em alemão, a maioria em português, quase sempre acompanhadas de fotos.

Além de inteligente e dinâmico, Felipe é dedicado: vem estudando alemão há vários anos e já tem um bom domínio da língua. Ele também está próximo de concluir a faculdade de jornalismo, que faz na FEEVALE.

Como se costuma dizer na colônia, “esse guri vai longe”.

  • Texto escrito por Renato Klein em dezembro de 2009

 

Texto divulgado no site Memória do Povo Alemão, em fevereiro de 2013

Felipe Kuhn Braun nasceu em Novo Hamburgo a 10.07.1987. Com sete anos mudou-se com sua família para Farroupilha onde concluiu o ensino fundamental e médio no colégio Nossa Senhora de Lourdes. Com 14 anos em 2001, começou a pesquisar sobre a genealogia de seus antepassados. Assim pesquisou diversas famílias, mas fez trabalhos maiores sobre as famílias, Heck, Kuhn, Jaeger, Roehe, Winter, Mombach, Christ, Moraes e Braun. Em 2005, começou a estudar Direito na Universidade Feevale em Novo Hamburgo onde também estudou alemão, francês, inglês e italiano. Em 2007 completou seu estágio de Direito trabalhando no INSS de Novo Hamburgo e entrando, naquele ano, para o curso de Jornalismo da Feevale.

No ano de 2007, foi para a Alemanha em busca da história de sua família, visitando o Hunsrück, Kirchberg, Cochem, Mittelstrimmig, Liesenich, Bacharach, Mastershausen, Dickenschied, Womrath, Hasborn e Theley em Saarland. Ainda em 2007, Felipe foi eleito representante dos 15.000 acadêmicos da Feevale. Em 2008 trabalhou na AGECOM, agência de comunicação da Feevale, onde completou seu estágio de Jornalismo. Foi reeleito representante dos alunos na Feevale para o mandato de 2009 e reeleito para o mandato de 2010.

A partir de 2007 limitou suas pesquisas a fotografias antigas que retratam os costumes e hábitos culturais dos imigrantes alemães e de seus descendentes no século XIX e no começo do século XX. Em oito anos, formou um arquivo de 9.000 fotografias antigas. Os municípios visitados para pesquisas foram Nova Petrópolis, Feliz, Santa Maria do Herval, Morro Reuter, Picada Café, Dois Irmãos, Bom Princípio, São Sebastião do Caí, São José do Hortêncio, Salvador do Sul, Linha Nova, São Pedro da Serra, Tupandi, Novo Hamburgo, São Leopoldo, entre outros.

Desde 2006 participa como colaborador da coluna 1900 e Antigamente do Jornal NH de Novo Hamburgo, enviando fotos com suas histórias. Somente o Jornal NH publicou mais de 1.020 trabalhos em seis anos. Felipe também já teve material publicado na Zero Hora, no jornal Rhein-Pfalz da Alemanha e na revista Skt. Paulusblatt de Nova Petrópolis, publicada em língua alemã. Atualmente possui um arquivo de 300.000 nomes de descendentes dos imigrantes alemães que vieram para o sul do Brasil e de 16.600 fotografias antigas. Em janeiro de 2010 publicou seu primeiro livro, intitulado “História da Imigração Alemã no Sul do Brasil”. Impresso pela Editora Amstad de Nova Petrópolis, RS. Em julho do mesmo ano, publicou o livro “Memórias do Povo Alemão no Rio Grande do Sul” também impresso pela editora de Nova Petrópolis.

No ano de 2010, concluiu o curso de Jornalismo na Feevale, trabalhou na assessoria de imprensa da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e iniciou seus estudos em História. Em agosto de 2010 teve seu primeiro livro reeditado pela gráfica Costolli de Porto Alegre, com tiragem de 500 exemplares. Nesse ano Felipe se tornou um dos mantenedores do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo e montou o histórico de comunidades de origens alemãs através das fotos antigas, visitando principalmente Feliz, Alto Feliz, Linha Nova, Nova Petrópolis e Novo Hamburgo.

No início de 2011 Braun iniciou o registro de cemitérios das cidades colonizadas por alemães e seus descendentes. Visitou e fotografou (de janeiro a março de 2011) os cemitérios de Três Coroas, Igrejinha, Bom Princípio, Vale Real, Feliz, Morro Reuter, Walachei, Presidente Lucena, Lomba Grande e Hamburgo Velho (em Novo Hamburgo), Linha Imperial e Pinhal Alto (em Nova Petrópolis), Picada Holanda, Morro Bock, Picada Café, Estância Velha, Ivoti, Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval, Jammertal e Campo Bom.

Ainda no segundo semestre de 2010, Felipe digitalizou uma parte do acervo fotográfico do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. Em 11 de abril de 2011 passou a fazer parte da diretoria desse museu, como diretor de genealogia. No mesmo mês se tornou colaborador do Jornal O Farroupilha, desde 2008 também é colaborador do Jornal Informante, no município de Farroupilha. Devido aos trabalhos realizados no município de Campo Bom, Felipe assina desde 22 de abril, uma coluna semanal no jornal CB News, sobre a história do município e da região.

Desde o segundo semestre de 2010 Felipe compilou e traduziu cartas e memórias biográficas de teuto-gaúchos e montou dois projetos, um sobre biografias e outro sobre cartas e relatos de imigrantes alemães e seus descendentes. O primeiro projeto foi publicado e transformado em livro em abril de 2011 com o título “Memórias de Imigrantes Alemães e seus Descendentes no Sul do Brasil”. Com tiragem de 550 exemplares, novamente publicado pela Editora Amstad, de Nova Petrópolis.

Em junho de 2011, Felipe se tornou colaborador do Instituto de Estudos Regionais em História da Universidade de Mainz (Institut für Geschichtliche Landeskunde an der Universität Mainz e.V.). Em julho de 2011 Felipe iniciou o Mestrado em Estudos Históricos Latino-Americanos na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos.

A partir de agosto de 2011, Felipe reiniciou os registros fotográficos de cemitérios antigos da região de colonização alemã. Visitou e fotografou os cemitérios das localidades de: Brochier, Maratá, Quatro Colônias (em Campo Bom), Bela Hú e Picada São Jacó (em Sapiranga), Muckertal e Frankental (em Morro Reuter), Boa Vista do Herval, Fazenda Padre Eterno Alto e Fazenda Padre Eterno Baixo (em Santa Maria do Herval). Braun também fotografou cemitérios antigos nas localidades de Sampainho (em Santa Clara do Sul), São Bento, Olarias e Conventos (Lajeado). Ainda no Vale do Taquari, Felipe registrou os cemitérios de Picada Felipe Essig, Três Saltos Baixos, Alto Picada Flor, Linha São João, Travesseiro e Bauereck, nas localidades de Marques de Souza e Forquetinha.

Em outubro voltou a trabalhar em assessoria de imprensa na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e assumiu a presidência do Rotaract Novo Hambugo, ala jovem do Rotary Club no município. Em novembro de 2011 publicou seu quarto livro intitulado Cartas e relatos de imigrantes alemães, pela Editora Oikos de São Leopoldo. Em dezembro Felipe passou a fazer parte do Grupo de Estudos de História sobre Brasil e Portugal, da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires, na Argentina.

Em março de 2012 Felipe assumiu, como representante do Rio Grande do Sul, a Diretoria da Badisch-Südbrasilianische Gesellschaft e. V. Entidade com sede em Karlsdorf-Neuthard (na Província de Baden-Württemberg), com o objetivo de encontros culturais, programas de intercâmbio, cursos de línguas e a pesquisa genealógica, em especial do século XIX, entre a região de Baden e o sul do Brasil.

Em maio de 2012 Braun publicou seu quinto livro, Novo Hamburgo: da fundação à emancipação política 1824 – 1927, pela Editora Oikos, de São Leopoldo, em junho Felipe recebeu da Fundação Rotária do Rotary Internacional. o título Companheiro Paul Harris, em reconhecimento ao seu trabalho junto ao Rotaract de Novo Hamburgo. Em novembro Braun esteve a convite da secretaria de cultura da cidade de Puerto Rico, na Província de Misiones, no nordeste da Argentina, para proferir uma palestra sobre a imigração alemã no sul do Brasil e sobre a emigração teuto-brasileira para o nordeste da Argentina, palestra que fez parte da programação e dos festejos que comemoraram os 93 anos do município de Puerto Rico.

Em 2012 Braun foi candidato a vereador em Novo Hamburgo pelo partido democrático trabalhista (PDT) e conquistou 1.429 votos, ficando na segunda suplência do partido no município. Mas como Novo Hamburgo teve eleições novamente em março e o presidente da Câmara de Vereadores assumiu a prefeitura interinamente, Felipe assumiu em seu lugar como vereador, sendo empossado dia 1° de janeiro de 2013, como o segundo parlamentar mais jovem na história do município.

 

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