Vereadores da Capela entram com ação para impedir instalação de pedágio

Vereadores Cleomar da Silva, Felipe Borba e Volmir Nickorn protocolaram ação no Forum Central da capital - Reprodução/FN

Três vereadores de Capela de Santana protocolaram ontem, quarta-feira, dia 30, uma ação civil pública no Fórum Central, em Porto Alegre, buscando impedir a instalação de uma praça de pedágio no município.

Uma das novas praças de pedágio está prevista para o KM 30 da RS 240, no Paquete, perto da divisa de Capela com Montenegro
– Crédito: Guilherme Baptista/FN

O presidente da Câmara, Cleomar da Silva, o “Mano” (Progressistas); seu vice Felipe Borba (Republicanos) e o vereador Volmir Nickorn (PDT) protocolaram a ação com a finalidade de suspender o processo de leilão da praça de pedágio de Capela de Santana, prevista para o quilômetro 30 da RS 240, próximo da divisa com Montenegro. Segundo os vereadores, o processo de concessão tem várias falhas e causaria um grande prejuízo aos moradores da Capela e para o desenvolvimento do município. Também alegam que o Estado não respondeu aos questionamentos da população, feitos em audiência pública. O documento foi também assinado pelo advogado Márcio Helbing, visando tornar nulo o contrato que venha a ser assinado entre Estado e empresa ganhadora da licitação. Um dos questionamentos se refere também ao possível aumento tarifário, causando desequilíbrio financeiro do contrato. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) ainda não foi notificada da ação.

Leilão marcado para 13 de abril

Incluídas no bloco 3 do plano de concessão, as principais rodovias estaduais do Vale do Caí deverão ser as primeiras a ser entregues para a iniciativa privada. O leilão está previsto já para o próximo mês. Conforme o edital lançado em janeiro, a empresa vencedora, que passará a ser responsável pela manutenção e execução de obras na RS 122, RS 240 e RSC 287, deverá ser conhecida em 13 de abril, após a realização de leilão pelo menor preço das tarifas dos novos pedágios. Depois terá mais um mês para homologação da licitação e quatro meses para formalização da empresa.

Pedágio no KM 4 da RS 122, no Areião, em Caí, deve ter a tarifa mais alta do bloco 3, podendo chegar a R$ 9,95
– Crédito: Fato Novo

A expectativa do Governo do Estado é de que até novembro a empresa vencedora do leilão já comece a fazer a gestão das rodovias do bloco 3, que prevê a instalação de duas novas praças de pedágio na região. Uma está prevista para o quilômetro 4 da RS 122, em São Sebastião do Caí, na altura da localidade do Areião, próximo da divisa com Portão. E a outra quilômetro 30 da RS 240 em Capela de Santana, na localidade de Paquete, bem perto da divisa com Montenegro. Ao contrário do atual pedágio da EGR no Rincão (Portão), o qual deverá ser desativado, os novos pedágios terão cobrança nos dois sentidos e sem direito a isenção para moradores locais. A tarifa atual no Portão é de R$ 6,50, com cobrança num só sentido. Já os preços máximos das tarifas dos novos pedágios foram estipulados em R$ 9,95 no Caí e R$ 7,28 na Capela, o quê tem causado revolta dos prefeitos, lideranças e comunidades, que ameaçam entrar na Justiça e até construir desvios. Entretanto, como o leilão é pelo menor preço, a expectativa é de que os valores sejam menores. E que possam ser realizados investimentos necessários, como melhorias no asfalto, duplicações, trevos de acesso, passarelas, sinalização, ciclovias, vias laterais, terceiras faixas, iluminação, videomonitoramento e serviços de guincho e ambulância. Os investimentos devem ocorrer até o sétimo ano da concessão.

A localização dos pedágios ainda pode ser alterada em até cinco quilômetros pela empresa vencedora da licitação. Mas é difícil encontrar algum local que não sofra resistência dos municípios, que querem os investimentos, mas resistem à cobrança para não prejudicar os moradores. Quanto à possibilidade de isenções para moradores locais, o Governo informa que depende de projeto de lei, que tem que ser aprovado na Assembleia Legislativa. Mas aí aumentaria o custo para os demais usuários. Por enquanto só estão previstas isenções para ambulâncias e veículos oficiais. O Governo propôs descontos para usuários mais freqüentes, que passarem mais vezes nos pedágios.

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