Campani lidera mobilização para não homologação do leilão e impedir pedágio no Areião

Prefeito caiense participou de debate na Rádio ABC e em contato com o presidente da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira, foi marcada reunião com lideranças estaduais - Crédito: Rádio ABC

O prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio Campani (PSDB) está à frente de uma mobilização que busca impedir a homologação do leilão de concessão de rodovias estaduais e instalação de novos pedágios com tarifas abusivas. Após contato com o presidente da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira (PT), foi convocada uma reunião visando buscar alternativas para evitar a assinatura do contrato entre o Governo do Estado e o consórcio Integrasul, único participante do leilão da última quarta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo. Valdeci convocou uma reunião para a próxima terça-feira, dia 19, ao meio-dia, com os demais deputados estaduais líderes partidários, visando sensibilizá-los para emitir um documento que possa convencer o governo do Estado a não homologar o leilão e fazer uma nova concorrência pública que possa de fato baixar os valores das tarifas.

A mesma posição já manifestou a Federação das empresas de Logística e Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul (Fetransul), que em nota considerou que o resultado do leilão coloca em risco a economia gaúcha. O presidente da entidade, Afrânio Kieling, também defendeu que o contrato da concessão não seja assinado.

A iniciativa de Julio Campani, em pedir ajuda ao presidente da Assembleia Legislativa, foi destacada em reportagem do jornal Zero Hora. Mesmo sendo do mesmo partido do governador, o prefeito caiense criticou a falta de diálogo do governo do Estado e deixou cores partidárias de lado ao procurar o deputado petista, entendendo que o interesse da população está acima das questões políticas. E o prefeito destaca que o aceno do presidente da Assembleia Legislativa foi o movimento mais importante até agora no sentido de sensibilizar o governo estadual. Campani é contundente ao criticar a localização do pedágio no quilômetro 4 da ERS 122, em São Sebastião do Caí. “Vai dividir um importante bairro, o Areião, ao meio”, ressalta, criticando o quê considera uma tarifa abusiva de quase 10 reais.

Mesmo com a necessidade de obras e melhorias, o alto valor das tarifas também foi criticando por outros prefeitos e lideranças do Vale do Caí e da Serra. O deságio de apenas 1,3%, sem ter concorrência no leilão, gerou frustração. Em 2020, no leilão de um trecho da RS 287, participaram quatro empresas e o deságio foi de 54%, baixando a tarifa para R$ 3,36. Já agora, no caso da praça do Caí, praticamente ficou no valor máximo, com tarifa prevista de R$ 9,83. E também no Vale do Caí terá mais uma praça de pedágio na RS 240, altura da localidade de Paquete, em Capela de Santana, perto da divisa com Montenegro, com tarifa de R$ 7,19. E com cobrança nos dois sentidos, sem direito a isenção para moradores locais, tendo apenas desconto para usuários mais freqüentes. Com as novas praças será desativado o atual pedágio do Portão, onde a tarifa atual é de R$ 6,50 e cobrança num só sentido, além de isenção para moradores locais.

O contrato pode ser assinado já em outubro deste ano, assumindo a empresa que fará a gestão e manutenção das rodovias. E com isso poderá inicialmente fazer a cobrança no atual pedágio de Rincão do Cascalho (Portão), já aumentando as tarifas, até a instalação das duas novas praças em 2023.

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