90 pessoas com sintomas vão diariamente na Secretaria da Saúde
Representantes de entidades públicas e empresas ligadas à Saúde e à Educação se reuniram, na manhã desta terça-feira, dia 12, para o primeiro encontro na nova gestão municipal do Centro de Operações Emergenciais em Saúde – Educação (COE-E). A reunião, que aconteceu na Sala Braskem, dentro do complexo da Estação da Cultura, tratou dos rumos das atividades educacionais de Montenegro com a vinda da vacina, os planos de contingência e a atual situação da cidade na pandemia da Covid-19.
O prefeito Gustavo Zanatta participou desta primeira reunião, juntamente com o chefe de gabinete, Renan Boos, os secretários Ciglia da Silveira (Educação e Cultura), Cristina Reinheimer (Saúde) e Waldir João Kleber (Indústria e Comércio), servidores dos setores envolvidos e representantes do Conselho Municipal de Educação, Sesi, Senai, Sinodal, Unisc, Instituto São José e Colégio Sinodal. Entre os assuntos debatidos, destaque para a futura vacinação contra a Covid-19. A secretária Cristina informou aos integrantes do grupo que o setor já está preparado para quando as doses chegarem.
Outros temas destacados durante a reunião foram a volta às aulas e os planos de contingência das instituições de ensino. O retorno, porém, será avaliado em reunião que ocorrerá nos próximos dias entre o prefeito de Montenegro e as secretarias de Saúde e Educação. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde expos, aos membros do COE-E, a situação da Covid-19 em Montenegro. Conforme Cristina Reinheimer, por volta de 90 pessoas vão, diariamente, até a Secretaria Municipal de Saúde com sintomas da doença. Lá, os pacientes são triados e, quando necessário, submetidos a testes e orientados sobre a forma de lidar com os sintomas. A cidade possui, até agora, 39 vítimas fatais da doença.
Ciglia é a nova presidente do COE-E
Durante a reunião desta terça, os membros do COE-E escolheram sua nova presidente. A secretária municipal de Educação e Cultura, Ciglia da Silveira, foi nomeada pelos integrantes e assume o cargo. O Centro de Operações Emergenciais em Saúde de Montenegro foi constituído por meio da Portaria n° 8307/2020 e os componentes se reúnem quinzenalmente para tratar dos temas relacionados à pandemia na cidade.
40 testes por dia
A Secretaria Municipal da Saúde realiza, em média, 40 testes de diagnóstico da Covid-19 todos os dias. As avaliações são feitas por orientação médica nas pessoas que procuram a “tenda”. Contudo, nem todos são submetidos à testagem. A equipe de triagem e o plantonista avaliam o quadro do paciente para decidir, considerando, entre outros fatores, a presença de pelo menos dois sintomas da doença e o convívio com pessoas já “positivadas”. O teste em uso agora, fornecido pelo governo do Estado, só é eficaz se aplicado entre o segundo e o quinto dias após o surgimento de sinais como febre, tosse, dor de garganta, cefaleia, perda de olfato e paladar, coriza, dores no corpo e dificuldades respiratórias.
De acordo com a secretária municipal da Saúde, Cristina Reinheimer, o teste é uma importante ferramenta de diagnóstico, mas não é a única. Se os sintomas são suficientes para confirmar a doença, não há porque aplicá-lo. Da mesma forma, se os profissionais concluírem que se trata de outro problema de saúde. “Até porque o resultado pode levar de oito a nove dias para chegar. Até lá, muitos já estão curados”, observa. O material é encaminhado para o Laboratório Central do Estado (Lacen), que determina onde ocorrerá a análise. Quando enviado para outros estados, a demora pode ser maior.
Cristina ressalta que é preciso confiar nos médicos e seguir as orientações difundidas na tenda. “Não precisa de teste para adotar um comportamento preventivo, como o isolamento, o uso da máscara e do álcool em gel”, pondera. “Estas são atitudes que todos devem adotar, mais ainda os que tiverem algum sintoma”, conclui.
A Administração Municipal tem recebido algumas denúncias, nos últimos dias, sobre pressões contra médicos e servidores para receitarem os testes mesmo quando não é necessário. Os casos estão sendo apurados, mas há a suspeita de que o objetivo é obter atestados médicos para se afastar do trabalho e de outras tarefas. É que empresas e órgãos públicos liberam funcionários até que saiam os resultados para impedir a ocorrência de surtos.
Desde a confirmação do primeiro paciente, em 8 de abril do ano passado, Montenegro registrou 3.025 diagnósticos positivos e 39 óbitos. Até agora, 1.978 pessoas estão curadas, mas ainda existem 1.008 casos ativos.
Fonte: ACOM/Prefeitura
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