Preso por estuprar e matar enteada deve ir a júri popular

Elias Silvestre cometeu o bárbaro crime no domingo de Páscoa de 2021 em Bom Princípio - Reprodução/FN

Após o Ministério Público oferecer denúncia contra Elias dos Santos Silvestre, de 39 anos, acusado de estuprar e matar por estrangulamento a enteada Jordana Tamires Christ Watthier, de 13 anos, a Justiça de São Sebastião do Caí emitiu em 15 de dezembro a sentença de pronúncia. Com isso, caso não tenha recurso por parte da defesa, o réu deve ir a júri popular, em data que ainda deverá ser marcada. O julgamento é aguardado com grande expectativa.

O bárbaro crime aconteceu no último domingo de Páscoa, dia 4 de abril de 2021, em Bom Princípio. Conforme foi apurado pela Polícia, Elias estava na casa da companheira, no loteamento Gauger, em Nova Colúmbia, quando teria saído com a enteada. No caminho, a menina teria tentado se jogar do carro por pelo menos duas vezes e quando conseguiu foi alcançada e acabou ocorrendo o crime, na margem da RS 122, próximo da margem do arroio Forromeco, em Santa Teresinha.

Após matar a enteada, o acusado disse para a Polícia que fugiu para São Sebastião do Caí, onde chegou a dormir por algumas horas, e depois foi para Montenegro, onde abandonou seu carro perto da estação rodoviária e pegou um ônibus para Venâncio Aires, seguindo para Teutônia, sendo convencido por familiares para se entregar na Brigada Militar. Antes chegou a ligar para uma irmã avisando que tinha feito “besteira”. E também telefonou para o quartel dos Bombeiros Voluntários de Bom Princípio informando onde estaria o corpo, mas na ocasião alegou que estava pescando e a menina teria se afogado no arroio.

O acusado já tinha antecedentes por três crimes sexuais, sendo dois contra menores, e um roubo, tendo sido condenado a 12 anos de prisão e estava em liberdade condicional. Ele tinha um relacionamento de quase um ano com a mãe de Jordana.

Foram inquiridas doze testemunhas e ao final interrogado o réu, que optou por ficar em silêncio. Entretanto, durante a fase policial, o acusado acabou confessando o crime, alegando que estava com pensamentos ruins, quando relatou como cometeu o bárbaro crime. Pela Polícia foi indiciado por feminicídio e estupro de vulnerável, por envolver menor de 14 anos, penas que somadas podem ultrapassar os 45 anos de prisão.

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