Defesa tentou adiar júri ao questionar sanidade mental de padrasto que matou enteada

Júri só terminou por volta de 1h30min da madrugada desta sexta-feira - Crédito: Guilherme Baptista/FN

O júri do caso Jordana, com julgamento do padrasto acusado de estuprar e matar a enteada em Bom Princípio dois anos atrás, deverá se estender até o final da tarde ou início da noite desta quinta-feira no Fórum de São Sebastião do Caí. Pela manhã foi formado o corpo de jurados. Os advogados de defesa tentaram adiar o júri, alegando a necessidade de uma perícia para analisar a integridade mental do réu, mas a juíza Priscila Anadon Carvalho decidiu por manter o julgamento e que isso fosse visto posteriormente. Iniciaram então, no meio da manhã, os depoimentos de testemunhas, como de policiais, delegado, bombeiro e da mãe da vítima, que foram interrogados pelo Ministério Público, assistentes de acusação e pela defesa. Na parte da tarde ocorrem os debates entre acusação e defesa até ser proferida a sentença.

Jordana Tamires Christ Watthier, de 13 anos, foi estuprada e morta pelo padrasto, Elias dos Santos Silvestre, de 40 anos, em 4 de abril de 2021, um domingo de Páscoa, em Bom Princípio. Após o bárbaro crime, ocorrida na localidade de Santa Teresinha, o corpo da menina foi encontrado na margem do arroio Forromeco, próximo da RS 122. O acusado fugiu para São Sebastião do Caí e Montenegro, até se entregar para a Brigada Militar em Teutônia, cinco dias após o crime. Pela Polícia, Elias foi indiciado por feminicídio e estupro de vulnerável, por envolver menor de 14 anos, penas que somadas podem ultrapassar os 45 anos de prisão. Ele tinha um relacionamento de um ano com a mãe de Jordana, que residia no loteamento Gauger, em Nova Colúmbia. O acusado já tinha antecedentes por três crimes sexuais, sendo dois contra menores, de 14 e 15 anos, e um roubo, tendo sido condenado a 12 anos de prisão e estava em liberdade condicional.

Desde a tragédia ocorrida em Blumenau (Santa Catarina) ontem, quando quatro crianças foram mortas em ataque numa creche, várias são as postagens que circulam em redes sociais sobre possíveis novos ataques. A Brigada Militar do Vale do Caí já comunicou ontem que não há qualquer informação de perturbação da ordem pública relativa as escolas da região. Mesmo assim houve um reforço no policiamento, com mais PMS e viaturas junto aos colégios.

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