Incubadora Empresarial está sem empresas desde 2018

Prefeitura quer recuperar a incubadora, que tem quatro módulos, para voltar a receber micro e pequenas empresas - Crédito: Guilherme Baptista/FN

Faz quatro anos que os quatro módulos da Incubadora Empresarial estão sem nenhuma empresa. O prédio, situado na Rua La Salle, do bairro Municipal, atrás do presídio da Timbaúva, foi aberto em 2002 com o intuito de receber micro e pequenas empresas que iniciavam suas atividades e depois com a expansão poderiam se transferir para instalações próprias. E assim recebeu várias empresas até 2018, quando caiu no abandono. Passou a ser usado como depósito do Cras, que fica ao lado.

Atualmente abandonada, incubadora deve ser recuperada como contrapartida por benefício para mercado
– Crédito: Guilherme Baptista/FN

Atualmente, vidros estão quebrados e na frente se acumulam mato e entulhos. Também teria problemas no telhado e rede elétrica. Em nova reunião realizada na última semana na Câmara, solicitada novamente pelo vereador Gustavo Oliveira (PP), foi informado que a Prefeitura pretende revitalizar o espaço da incubadora para poder oferecer a outros microempreendedores. E esta chance surgiu com a instalação da nova unidade do Desco, do Grupo Imec, em Montenegro.

De acordo com a Administração Municipal, em setembro de 2021 foi encaminhado ao Legislativo uma solicitação de concessão de incentivo ao Grupo Imec, aprovada pelos vereadores. O novo mercado fica bem próximo da incubadora. Entre os benefícios estava a isenção do IPTU do prédio do supermercado, com prazo de 10 anos. Em contrapartida a empresa ficou responsável em fazer um projeto e a execução da reforma da Incubadora Empresarial, incluindo as partes hidráulica, elétrica e hidrossanitária, com investimento estimado em R$ 82.954,80.

Segundo o vereador Gustavo, tem empreendedor esperando pela recuperação do prédio da incubadora. Representando a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo (SMIC), Jenifer Almeida informou que no mês passado foi realizada reunião com o Grupo Imec e foi informado que as tratativas estão esbarrando nos orçamentos passados pelas duas empresas escolhidas pelo mercado. “Como é o Grupo que faz o pagamento nós não podemos interferir nesta parte. Mas alguns ajustes de valores nós acompanhamos justamente para não ter superfaturamento. O Imec ficou de conseguir mais empresas para fazer os orçamentos e iniciar as obras”, frisou, informando que será encaminhada notificação e abertos prazos legais para que as obras sejam providenciadas, pois do contrário a isenção do IPTU pode ser suspensa. A empresa teria, de acordo com o projeto de Lei, um prazo de seis meses para recuperação da incubadora a partir da validação do projeto por servidor técnico da Prefeitura. No caso de não cumprimento da contrapartida o Município será indenizado no valor dos benefícios concedidos, corrigidos e atualizados, de acordo com o que foi acordado no projeto que concedeu o incentivo.

A expectativa é de que as obras de revitalização da incubadora iniciem o quanto antes, para que as quatro salas possam ser aproveitadas no fomento de micro e pequenas empresas.

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