Preso do Pesqueiro está envolvido em golpe do nudes de quase meio milhão de reais

Fazendeiro de Goiás foi lesado em R$ 480 mil, o que gerou operação hoje (foto) em várias cidades gaúchas, entre elas Montenegro Foto: Miguel Noronha

Nesta quinta-feira, dia 23, as Polícias Civis de Goiás e do Rio Grande do Sul deflagraram uma operação conjunta. A Operação Sem Fronteiras tem o objetivo de desarticular uma associação criminosa que, durante os meses de janeiro, fevereiro e março do corrente ano, extorquiu um morador da cidade de Rio Verde (Goiás), através das redes sociais, tendo a vítima repassado a tal associação a importância aproximada de meio milhão de reais, em razão das extorsões sofridas através do chamado golpe do nudes.

Com a operação, foram presos 5 investigados, sendo cumpridas ainda doze medidas cautelares de busca e apreensão. Foram realizadas buscas e prisoes na regiao metropolitana de Porto Alegre, especificamente nas cidades de Novo Hamburgo, Taquara e São Leopoldo. Algumas buscas foram feitas inclusive em presídios da região metropolitana da capital em Novo Hamburgo, Charqueadas e Montenegro.No caso de Montenegro, as buscas ocorreram na Penitenciária Estadual do Pesqueiro, onde um preso estaria aplicando os golpes por telefone.

Participaram da ação cinquenta policiais civis.

A operação foi deflagrada pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos de Rio Verde/GO, coordenada pelo Delegado Caio Martines e Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudadores – DRCID/DEIC/RS, coordenada pelo Delegado André Anicet, e contou com o apoio operacional das delegacias de polícia de Novo Hamburgo, Taquara, São Leopoldo Igrejinha e Nova Santa Rita.

ENTENDA O CASO:

Nos início deste ano, a vítima, um homem de aproximadamente 30 anos de idade, que reside em Rio Verde, cidade situada no sudoeste de Goiás, iniciou contato com um perfil na rede social “Instagram” de uma jovem e bela garota. A conversa entre os dois ganhou cunho sexual e, então, um criminoso, se passando pelo suposto pai dessa garota, afirmou à vítima que a menina em questão era menor de idade e que aquelas conversas causaram a ela severos constrangimentos. Simulou-se a necessidade de tratamento psiquiátrico da menor e até mesmo o seu suicídio. Assim, exigiu-se da vítima uma compensação financeira para se reparar, material e moralmente, tais danos.

Em seguida, supostos advogados e autoridades públicas, falsos delegados de polícia e conselheiros tutelares, entraram em contato com a vítima, informando-lhe que ela havia cometido ilícitos penais em razão das conversas de natureza sexual com a garota. Sob tal argumento, as pseudo autoridades, fingindo serem agentes públicos corruptos e fazendo a vítima crer que havia cometido ilícitos penais relacionados à pedofilia, exigiram quantias dela, para que ela não sofresse sanções criminais.

 

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