Felizense lança abaixo-assinado on-line contra os novos pedágios

Está circulando nas redes sociais e ganhando muito apoio um abaixo-assinado on-line lançado por Dirceu Quadros. Morador da Feliz, Dirceu trabalha como assessor parlamentar do deputado federal Marcel van Hattem. Graduado em Direito, trabalhou no Ministério Público na Feliz e também na Prefeitura de Montenegro. E tem acompanhado os protestos e reuniões contra a instalação dos novos pedágios na região. Inclusive esteve na última segunda-feira na sede do Ministério Público em Porto Alegre quando foi encaminhado ofício pedindo o apoio do Procurador-Geral de Justiça visando medidas jurídicas no sentido de impedir a assinatura do contrato das concessões, devido aos preços abusivos das tarifas dos pedágios, que na RS 122 em São Sebastião do Caí deverá ser de R$ 9,82 e na RS 240 em Capela de Santana de R$ 7,18. Isso com cobrança nos dois sentidos e sem direito a isenção para os moradores locais.

Dirceu Quadros participou de reunião no Ministério Público (foto) e outras ações contra os novos pedágios
– Reprodução/FN

Dirceu também tomou a iniciativa de criar o abaixo-assinado on-line para pressionar o governador a não assinar o contrato das concessões de rodovias e instalação de novos pedágios no Vale do Caí e Serra Gaúcha. Ele diz que a intenção é colher milhares de assinaturas e depois encaminhar ao governador Ranolfo Vieira Júnior e ao secretário extraordinário de parcerias do Estado, Leonardo Busatto. Para Dirceu, o atual modelo das concessões está absolutamente inadequado e descolado da realidade, prejudicando a sociedade do Vale do Caí e da Serra. Lembrou que já ocorreram vários protestos e reuniões, além de ações jurídicas. Lamentou que apenas uma empresa participou do leilão do bloco 3 e sem concorrência o deságio foi irrisório, de apenas 1,3%, mantendo as tarifas em valores máximos e abusivos. Além disso, os investimentos previstos para as rodovias do bloco 3 se resumem a apenas 23% das receitas da concessão. Por isso, além de ser muito onerosa, considera que esta concessão também é muito ineficiente. “Trata-se, portanto, de um valor enorme de tarifa para os pedágios da região, demonstrando-se valores desproporcionais, com a apresentação perigo de dano altíssimo ao desenvolvimento econômico local”, entende.

Mesmo que o resultado do leilão já tenha sido homologado pelo Estado nesta semana, Dirceu Quadros diz que ainda resta pendente, como último ato, a assinatura do contrato do Governo com a concessionária, o que deve ocorrer no mês de setembro. O objetivo do abaixo-assinado é pressionar o Governo a não assinar o contrato e rever a sua posição sobre esse processo.

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