Engenheiro da Corsan garante que água marrom pode ser consumida

Muitos montenegrinos têm reclamado da cor da água, mas Corsan garante que está potável - Crédito: Fabiane Lopes/Agora Montenegro

Além dos constantes vazamentos, que tem gerado interrupções no abastecimento, os montenegrinos agora reclamam de outro problema no fornecimento de água. A coloração da água fornecida pela Corsan tem gerado reclamações em alguns bairros de Montenegro por causa da cor.

Desde o último domingo, dia 23, após quedas de luz e interrupção no abastecimento da Corsan devido a falta de energia elétrica, várias são as queixas de montenegrinos, informando que a água estava vindo de cor marrom, com aparência de estar suja. “Ontem de noite tava preta. Agora tá branca”, reclamou uma moradora do bairro Senai. “Hoje é o terceiro dia que a água aqui em casa está com cor marrom e com areia”, queixou-se outra, também mostrando foto em rede social.

O engenheiro Angelo Marcelo Faro, coordenador operacional da Corsan, explica que após quedas de luz no final da tarde do último domingo, os motores geraram uma espécie de “embalo”, sacudindo o líquido dentro da tubulação. Com isso, segundo ele, soltou ferro e manganês que costumam se acumular ao longo do tempo na tubulação. “São produtos naturais do rio, que não alteram a potabilidade, mas ocasionam essa cor marrom. Não é barro. Mesmo cristalina, fica colorida”, afirma. Marcelo Faro garante que a água é potável e não oferece risco para a saúde. Entretanto, admite que a cor gera aspecto de estranheza.

De acordo com o engenheiro, já foram tomadas providências, como expurgos, para prevenir a situação na estação de tratamento. Entretanto, ainda existe a água com coloração marrom em vários pontos da cidade. E que demora para sair. Para não interromper o abastecimento de toda a cidade, secando a tubulação, o fornecimento foi mantido até que a água com coloração saia nas torneiras. “Para solucionar teria que interromper o abastecimento e deixar as pessoas sem água por dois ou três dias”, explica. “São mais de 315 quilômetros de tubulação grossa e 200 quilômetros de mangueiras, com 7 milhões de litros em reservatório, dentro do sistema. Teria que secar tudo e encher de novo, sem abastecer ninguém. Seria mais complicado”, explica. “Está plenamente potável essa água, mesmo com aspecto ruim. Estamos trabalhando para que isso se resolva o mais rápido possível e não volte a acontecer”, conclui.

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