A história do domador montenegrino que abandonou tudo para virar “encantador de cavalos”

Programa Domingo Espetacular, da TV Record, destacou o trabalho de Guto Petry: "Hipnose em cavalo? Jovem impressiona ao mostrar técnica indígena para dominar equinos" - TV Record/Reprodução

Dois anos atrás, o técnico agropecuário Paulo Augusto Vieira Petry, o “Guto”, abandonou tudo para se aventurar de moto. Deixou emprego numa grande empresa e a faculdade de medicina. Entregou cavalo e cachorro. E escreveu uma carta para a família. “Segui o chamado do coração. Peguei uma Honda CG 150, barraca e violão”, lembra o rapaz, hoje com 23 anos. E tomou o rumo de Cusco, cidade situada nos Andes peruanos, que já foi capital do Império Inca.

O espírito aventureiro é de família. O pai Paulo Renato Petry já viajou de bicicleta por vários países. Uma das irmãs, a jornalista Manoela, junto com o marido Rodrigo, percorreu a América Latina numa Kombi. E a outra irmã, Rafaela, é comissária de bordo. A família também é muito ligada ao tradicionalismo. Os pais Paulinho e Mariloy inclusive foram patrões do CTG Estância do Montenegro. E o próprio Guto, assim como os pais e irmãs, participava de invernadas de dança gaúcha. Ele também conquistou vários prêmios como músico e na chula e declamação.

Jovem montenegrino largou emprego e faculdade para buscar conhecimentos na doma índia
– Reprodução/FN

Desde pequeno Guto tem uma ligação muito forte com os cavalos. “Escrevia poesias e fazia desenhos de cavalos”, lembrou Augusto, em entrevista para a Rádio América. “Com 13 anos ganhei meu primeiro cavalo, do meu pai, um rosilho colorado. O jovem também estudou na Escola Técnica Agropecuária de Nova Petrópolis e trabalhou em clínicas veterinárias e empresas.

O montenegrino estava decidido a mudar de vida e mandou mensagem para o mestre Oscar Scarpati, pois pretendia fazer um curso de doma índia na Argentina. Foi quando decidiu pegar a moto e viajar 10 mil quilômetros para realizar seu sonho de infância. “Por vinte dias toquei em bares e restaurantes para juntar dinheiro para o curso”, recorda Guto, que também trabalhava numa fazenda. Aprendeu sobre a técnica ancestral de doma para amansar cavalos. A doma índia foi resgatada dos índios sul-americanos. Segundo Guto, é uma forma de conexão com cavalos e autoconhecimento.

Agenda lotada

Desde pequeno Guto Petry sempre teve uma forte ligação com os cavalos
– Reprodução/FN

Desligado do noticiário e da internet, ao voltar para o Brasil Guto nem sabia do cenário da pandemia do coronavírus. No retorno logo foi procurado para domar cavalos. E no primeiro contato, para trabalhar em Capela de Santana, o pagamento foi em cavalo. Desde então vem sendo bastante procurado. “A doma índia é uma filosofia de vida”, afirma o domador, que está com agenda cheia até o final do ano para cursos e o trabalho em diversas cabanhas pelo país. Já ministrou cursos no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Brasília e Minas Gerais, entre outros Estados. E já tem mais cursos agendados para ministrar também no Nordeste. Augusto ainda tem feito workshops e já pensa também numa série e até filme sobre a doma índia. Mas não descarta realizar nova aventura, visando buscar mais conhecimentos.

Além de destaque no programa Domingo Espetacular, Guto Petry contou sua história de aventuras na Rádio América
– Crédito: Guilherme Baptista/FN

O montenegrino convida para uma cavalgada sensorial e constelação familiar com cavalos que vai ocorrer no próximo final de semana, sábado e domingo, dias 17 e 18 de julho, no Santuário Hípico da Fazenda Pesqueiro, na localidade de Paquete, em Capela de Santana, aonde vem trabalhando. Quem tiver mais interesse pode entrar em contato pelo telefone 51 99641 4322.

 

Encantador de cavalos

O trabalho de Guto Petry virou destaque nacional no programa Domingo Espetacular, da TV Record. “Hipnose em cavalo? Jovem impressiona ao mostrar técnica indígena para dominar equinos” foi o título da principal reportagem do programa exibido em 4 de julho, que gerou grande repercussão e emoção.

A reportagem da TV Record foi gravada numa hípica do Círculo Militar e na fazenda da dupla sertaneja Jads & Jadson, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Segundo a matéria, a capacidade de dominar os cavalos supreende até os peões mais experientes. Por isso foi chamado de “encantador de cavalos”. Ele lida com o animal de forma amorosa, numa relação diferente. Cavalos chucros se tornam dóceis, mas é um trabalho exaustivo, de paciência e respeito ao animal. Chega a se ajoelhar, reverenciando o cavalo. E no final abraça e deita sobre ele. O cavalo se rende, mudando de comportamento. Como título de filme, Guto foi chamado de encantador de cavalos, só que da vida real. E o seu trabalho está encantando também as pessoas. A reportagem completa pode ser conferida no site do programa Domingo Espetacular.

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