Prefeitura de Bom Princípio se manifesta sobre o tratamento precoce

Médico Rogério Cardozo diz que até agora nenhuma medicação se mostrou eficaz - Crédito: Prefeitura

A Secretaria Municipal de Saúde de Bom Princípio manifestou seu posicionamento a respeito do tratamento precoce contra o coronavírus. Desde o início da pandemia a utilização ou não de medicamentos do chamado “kit Covid”, como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, e a sua disponibilização ou não pelos municípios, tem gerado muita polêmica e discussão. A própria postagem da Secretaria da Saúde, no facebook da Prefeitura, causou grande repercussão, gerando dezenas de comentários e dividindo opiniões sobre o uso ou não do tratamento precoce.

Vereadora Leticia Chassot defendeu a disponibilização do tratamento precoce
– Crédito: Câmara de Vereadores

A manifestação da Prefeitura de Bom Princípio, através de sua página no facebook, ocorreu após a vereadora Letícia Chassot (MDB) fazer uma indicação na Câmara em defesa da introdução do tratamento antecipado aos pacientes que apresentarem sintomas do Covid-19. A vereadora sugeriu que o tratamento fosse disponibilizado no município a todas as pessoas que desejarem realizá-lo, entendendo que isso pode salvar vidas e evitar internações. Para Letícia, o tratamento precoce age de forma preventiva.

A Secretaria Municipal da Saúde de Bom Princípio manifestou que apóia integralmente as decisões terapêuticas adotadas pelos médicos do município, que junto com enfermeiras, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, exercem sua profissão sem tomar posição política. De acordo com o coordenador da atenção básica, médico Rogério Cardozo, os profissionais atuam desejando o melhor para seus pacientes, com o melhor que podem oferecer. Ele afirma que a Secretaria de Saúde não apóia ou condena qualquer tratamento ou protocolo clínico, sendo respeitada a autonomia do médico e do paciente para ambos, em comum acordo, definirem qual o tratamento a ser realizado. E ressaltou que as tomadas de decisões serão sempre respaldadas nos alicerces técnico-científico, ético e de segurança ao cidadão. Lamentou que muitas pessoas ainda descumprem as medidas de prevenção apresentadas pelo Estado e como médico diz que é preciso cumprir o Código de Ética que orienta quanto ao uso de todas as ferramentas diagnósticas e terapêuticas ao alcance, mas conforme o artigo 32 proíbe o uso de tratamentos sem comprovação científica. Para Rogério, não se pode sair distribuindo medicação à revelia. O médico ressalta que até agora nenhuma medicação se mostrou eficaz para diminuir o risco de adoecer. E diz que em todos os estudos, as medicações apresentaram risco de complicações, como hepatites, resistência bacteriana, entre outras.

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