Mulher relata como foi violentamente espancada e ficou com o rosto desfigurado

No apartamento ficaram manchas de sangue e a faca que teria sido usada nas agressões - Reprodução/FN

Em entrevista nesta segunda-feira, dia 25, uma mulher de 39 anos relatou ao comunicador Talis Ferreira como foi barbaramente espancada pelo companheiro com quem tinha um relacionamento de cerca de um ano. As agressões ocorreram no último final de semana em São José do Sul e o acusado foi preso por tentativa de feminicídio.

De costas, vítima deu entrevista para Talis Ferreira
– Reprodução/FN

Com o rosto bastante desfigurado, além de cortes nos pulsos e outras lesões no corpo, a vítima preferiu ficar de costas e sem se identificar durante a live que foi transmitida ao vivo pelo facebook de Talis Ferreirinha, onde ainda pode ser conferida. A servidora municipal contou que ainda na sexta-feira passada começou a falar com o acusado sobre a possibilidade do término do relacionamento, já que ele estaria a impedindo de se comunicar com outras pessoas e estava muito atormentado. “Disse que se não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém”, lembra, sobre as ameaças.

Ainda na sexta-feira a mulher diz que saiu do apartamento, com seus dois filhos de um relacionamento anterior. Conta que deixou os filhos com o pai das crianças foi para a casa da mãe, em Montenegro. Relatou que quando foi na missa notou que o acusado estava lhe perseguindo. E na madrugada de sábado teria invadido a casa de sua mãe, tentando lhe colocar a força num veículo de aplicativo. Diz que foi agredida dentro do veículo e arrastada para dentro do apartamento em São José do Sul. E aí foi brutalmente espancada e mantida em cárcere privado por mais de quatro horas, com socos, chutes e a faca. “Apanhei em todos os cômodos da casa”, recorda. “Ele queria me matar”, completa. Fotos mostram as marcas de sangue pelo imóvel e também uma faca que teria sido usada nas agressões.

Quando o acusado teria ido trabalhar, mesmo com ele a ameaçando de morte e também aos filhos dela, a mulher diz que correu até o posto da Brigada Militar em busca de socorro. Foi então levada ao hospital para atendimento. E o acusado foi preso nas proximidades da Prefeitura, onde trabalha, sendo encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Montenegro e depois recolhido ao sistema prisional.

Na entrevista, a vítima pediu que as mulheres denunciem em casos de ameaça e agressões físicas, para evitar que se chegue em crimes como o que foi vítima, e em alguns casos até a morte. A Lei Maria da Penha, que combate a violência doméstica contra as mulheres, garante medidas protetivas e punições mais rigorosas aos agressores. Por isso é fundamental que tenha a denúncia, para que os agressores sejam devidamente punidos. Denúncias podem ser encaminhadas para os telefones 190 (Brigada), 197 (Polícia Civil) ou 180 (Disque Denúncia).

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