Suspenso o drive-thru das vacinas no Parque Centenário de Montenegro

Sem vacinas, municípios aguarda novas doses para retomar imunização da primeira e segunda doses - Crédito: Guilherme Baptista/FN

As últimas doses da vacina Oxford/AstraZeneca disponíveis em Montenegro foram aplicadas na manhã de ontem, terça-feira e, como também não há mais ampolas de reforço da Coronovac/Butantan, o trabalho de imunização contra a Covid-19 no Parque Centenário está suspenso. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, não há previsão de quando o governo do Estado fará novas liberações de imunizantes. No momento, estavam sendo atendidos idosos com 60 anos ou mais. Quando houver novas vacinas – para primeira e segunda doses – a comunidade será avisada através das redes sociais, do site da Prefeitura e dos veículos de comunicação.

Por que faltam vacinas

A falta de vacinas da marca Coronavac para completar a imunização contra a Covid-19 é um problema que deve ser resolvido somente na próxima semana. E, diferente do que muitos imaginam, a responsabilidade não é da Prefeitura. Nem aqui e nem em qualquer outra cidade onde acabaram bem antes. Aparentemente, a culpa, em parte, é fruto do atraso na entrega de matéria-prima para a produção do medicamento ao Instituto Butantan, em São Paulo, por fornecedores estrangeiros.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), faltam no Rio Grande do Sul em torno de 40 mil doses para concluir a vacinação de idosos que receberam a primeira aplicação da remessa distribuída no dia 20 de março, e outras 223,4 mil doses para o grupo que foi vacinado na primeira etapa com remessa de 26 de março. O intervalo necessário entre a primeira e a segunda doses da Coronavac é de 28 dias. Em Montenegro, foram atingidos idosos da faixa dos 67 anos.

Além do atraso na liberação da matéria-prima, também contribuiu para o quadro uma decisão estratégica dos governos estaduais. Desde a segunda remessa de vacinas, houve decisão de focar na imunização do maior número possível de gaúchos, priorizando as primeiras doses e planejando as segundas após um intervalo de 28 dias. “O Ministério da Saúde recomendou a aplicação das vacinas integralmente para primeira dose somente a partir da 9ª remessa. O resultado dessa estratégia da SES foi uma maior agilidade na aplicação da vacina na população gaúcha, o que mantém o RS no topo do ranking dos Estados que mais vacinam, proporcionalmente, no País”, destacou a assessoria da pasta, por meio de nota.

De acordo com a secretária municipal da Saúde, Cristina Reinheimer, a orientação do Programa Nacional de Imunizações, caso ocorram atrasos na chegada das vacinas, é para que seja completado o esquema vacinal com a segunda dose o mais rápido possível. O fato de ter tomado apenas uma dose não provoca um risco adicional. “A vacina é um imunizante poderoso. Após aplicado, não é um produto que se decompõe pela validade de dias. Na imensa maioria das vezes, não há prejuízos na produção de anticorpos com a ampliação breve do intervalo entre as doses”, explica Cristina.

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