Mistério no Passo da Amora: sangue, cama sem colchão, dentadura e vestígios de fogueira
A Polícia Civil prossegue com as investigações no caso de um morador da localidade de Passo da Amora, no interior de Montenegro, que está desaparecido desde o feriado de quinta-feira passada (Corpus Christi), 3 de junho. Pelos vestígios encontrados em sua moradia e arredores existe a suspeita que possa ter ocorrido um crime.
Com a utilização de cães farejadores do Grupo de Busca e Salvamento dos Bombeiros de Porto Alegre, estão sendo feitas buscas de vestígios e pistas em razão do desaparecimento de Enio Souza, de 59 anos. Morador da localidade, próximo ao salão do Passo da Amora, a família não tem notícias dele desde semana passada.
Após o registro do desaparecimento, a Polícia encontrou ontem, terça-feira, no quarto da residência onde Enio morava, sinais de sangue. Foi acionado o Instituto Geral de Perícias (IGP), de Porto Alegre, que realizou a perícia no local. E hoje continuam as buscas com dois cães farejadores.
Um rapaz, que morava com Enio, também está desaparecido. “Pedimos que ele compareça na Delegacia para prestar esclarecimentos”, diz o comissário Alisson Castilhos, chefe do setor de investigação. A suspeita da Polícia é que possa ter ocorrido uma briga. Por isso teria sangue no local. Além disso, sumiu o colchão da cama. “A gente sabe que o rapaz está bem machucado no nariz”, diz Alisson, o que aumenta a suspeita de que tenha ocorrido uma luta corporal.
Conforme a Polícia, o rapaz que dividia a casa teria comentado com um vizinho que Enio pegou uma mochila e foi embora. Os policiais estranharam que na casa foi encontrada uma chapa (dentadura). “Se tivesse ido embora, no mínimo levaria a prótese dentária”, estranha Alisson. Mesmo que não tenha telefone celular, a família estranha que Enio não fez mais contato com os parentes.
Ainda levanta suspeita os vestígios de uma fogueira, perto da casa. Os cães farejadores foram até o local, onde também foram encontrados fragmentos de ossos carbonizados. “O material será encaminhado para a análise da perícia”, diz o delegado André Roese, para ver se são ossos humanos ou não. Pelos vestígios, também existe a suspeita de que o colchão tenha sido queimado no local.
As buscas continuam, já que a área é muito grande. “Se alguém tiver notícias do seu Enio, favor entrar em contato com a Polícia”, pede Alisson, ressaltando que pode ligar para os telefones 197, 3632 1111 ou 3649 0000.
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