Sextorsão no Golpe do Amor com nudes tem operação “Garota Falsa”, com prisão em Montenegro

A Polícia Civil realizou mais uma operação contra a chamada sextorsão, golpe do amor ou do nudes. E uma das prisões ocorridas na Operação Fictus Puella (Garota Falsa, em latim) ocorreu em Montenegro nesta quinta-feira, dia 27. Foi de um indivíduo que já se encontrava recolhido na Penitenciária Modulada do Pesqueiro, mas mesmo preso seguia participando do esquema de extorsão que inclusive levou ao suicídio de uma das vítimas.
A operação foi realizada pelas Polícias Civis do Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, como apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, visando desarticular uma organização criminosa especializada em extorsões, com resultado morte e envolvimento em lavagem de dinheiro.
As investigações apontam que a organização criminosa operava por meio de plataformas de mensagens e redes sociais, onde criavam perfis falsos de mulheres atraentes para atrair as vítimas, obter imagens íntimas e, posteriormente, iniciar a extorsão. Os criminosos se passavam por policiais e advogados para intimidar as vítimas, exigindo transferências bancárias sob ameaça de exposição pública e falsa incriminação. No caso sob investigação, a extorsão resultou no suicídio da vítima na cidade paulista de Cruzeiro, onde um vigilante bancário, vítima do esquema criminoso, tirou a própria vida dentro da agência em que trabalhava, após sofrer intensa pressão psicológica dos criminosos. A vítima, um homem de 52 anos, havia sido enganada por um perfil falso e posteriormente extorquida por supostos agentes da lei, que exigiram valores em troca de não divulgarem o conteúdo íntimo. Minutos antes de sua morte, ele realizou uma transferência bancária para os criminosos.
Conforme a Polícia, os valores obtidos ilicitamente foram distribuídos entre integrantes do grupo e ocultados por meio de lavagem de dinheiro, dificultando o rastreamento das transações financeiras. Durante a operação, foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão temporária, em diversos municípios. Quatro mandados foram cumpridos contra detentos de penitenciárias gaúchas, entre eles em Montenegro. Mesmo presos, os indivíduos seguiam envolvidos no esquema. Os investigados responderão pelos crimes de extorsão qualificada pelo resultado morte, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
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