Por que devemos questionar

O famoso “pensamento de manada” sempre me incomodou. Como cidadãos e seres humanos plenos, é nosso dever questionar. Penso assim porque, para exercer nosso papel na sociedade, devemos ter um pensamento crítico (e quando falo de crítica falo de critérios e não olhar pessoal). Pessoas que transformam o meio são pessoas observadoras, intelectualmente curiosas, que buscam entender o porquê das coisas e vão em busca de suas próprias respostas.

Entretanto, é no pensamento crítico que mora o grande problema, pois não vivemos em uma sociedade intelectualmente madura. Grande parte da população se deixa influenciar pelo meio, não possuindo uma mentalidade analítica.

Todavia, ainda que pareça muito distante, é possível transformar essa realidade. Em minha singela opinião, para criar um olhar crítico, é necessário se tornar um indivíduo “well-rounded” (expressão em língua inglesa para se referir a pessoas com conhecimentos plurais). É necessário possuir uma ampla visão de mundo.

Nessa perspectiva, a educação se faz necessária desde a filosofia até a matemática. Uma educação plena para formar indivíduos autênticos, algo que vem se perdendo muito – especialmente devido ao mundo digital.

É preciso uma educação com mais foco na formação intelectual , para formar seres humanos analíticos e cidadãos globais. E, nesse ponto, desde ciências da natureza até linguagens, se fazem extremamente necessárias, embora que com uma abordagem diferente.

Mas, afinal, por que devemos questionar? Bem, essa é uma pergunta complexa, visto que abre interpretação para vários ângulos. Entretanto, no geral, questionar faz com que possamos perceber inconsistências e que possamos ser autenticamente livres. Dessa forma, não nos tornamos reféns do sistema, da manipulação de discursos, e comportamentos questionáveis.

Vivemos na realidade das fake news, uma sociedade que dissemina sem saber e que acredita cegamente sem pesquisar. Uma sociedade alienada intelectualmente, que necessita o acesso à informação verdadeira, sem manipulações do meio.

Portanto, estruturar um conhecimento amplo permite uma visão sólida dos fatos, Isso é liberdade e autenticidade intelectual. Devemos questionar porque é libertador e transformador.

O questionamento está diretamente relacionado com o pensamento superior (e neste ângulo não há relação com sentir-se superior aos demais, mas sim com uma mentalidade madura). Pensamento superior é ter autoridade intelectual para discutir ideias embasadas em critérios.

Sendo assim, é necessário ser intelectualmente completo para questionar com autonomia e tornar-se um ser humano pleno.

Geórgia Eduarda tem apenas 18 anos de idade e já está escrevendo um livro sobre educação e um e-book sobre bolsas integrais para quem deseja cursar a graduação nos Estados Unidos. 

A jovem ainda foi aceita em um programa do The New York Times e irá passar 6 semanas aprendendo com alguns dos maiores profissionais do mundo.

Além de compartilhar conhecimento e oportunidades educacionais em seu Instagram (@studiesbygeorgia), ela é fundadora de um grupo de debates online intitulado “Projeto Future Minds”, que já está em sua 2ª edição e  conta com jovens do Brasil e de outros países da América Latina.

Geórgia também é co-fundadora do Programa Jovens no Exterior, um departamento fundado juntamente com outros 3 jovens em uma escola pública da região metropolitana de Porto Alegre. Na iniciativa, eles auxiliam e orientam semanalmente, de maneira 100% gratuita, estudantes desse colégio a se candidatarem para universidades nos Estados Unidos.

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