Perícia aponta que soldado da Capela foi morto por um colega
A perícia realizada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmou que o soldado Roniclei Luciano Graef Cipolato, que morava em Capela de Santana, foi morto por um tiro disparado por um próprio colega. O disparo teria partido de uma pistola calibre 9 milímetros utilizada por um policial militar que também participava da perseguição de criminosos no último dia 26 de março, em Porto Alegre.
A investigação, que estava sendo realizada pela delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, da capital, será encaminhada para à Justiça, além de para a Brigada Militar, que instaurou um inquérito policial militar para apurar o caso. Os dois PMs atuavam na Seção de Inteligência do 20º Batalhão de Polícia Militar e participavam de uma operação na zona norte de Porto Alegre, em uma região conhecida pela movimentação de tráfico de drogas e ocorrências de homicídios.
O soldado Cipolato estaria no telhado de um prédio, perseguindo criminosos, quando acabou sendo baleado. Inicialmente se suspeitava que o tiro tivesse partido de bandidos, durante o tiroteio. Mas pelo calibre da bala e levantamento se apurou que foi efetuado por um colega de farda, provavelmente acidentalmente, no meio da escuridão do confronto com criminosos. O PM que disparou e teria atingido o colega por engano prestou depoimento e admitiu que poderia ser o autor do disparo. Ele foi afastado das funções operacionais, ficando em serviço administrativo durante o transcorrer das investigações. O tiro transfixou um dos braços e atingiu a aorta. O soldado não usava colete à prova de balas.
Com 46 anos, o soldado Cipolato residia em Capela de Santana faz cerca de seis anos. Ele foi velado e sepultado no município no dia 27 de março, um domingo, com grande presença de familiares, amigos, colegas e autoridades. Era bastante conhecido e estimado. Deixou esposa, quatro filhos, de 27, 24, 12 e 4 anos, além de demais parentes. “Um “erro” que com ou sem intenção tirou a vida do meu pai. triste demais ver a confirmação dessa história”, comentou Debora Cipolato nas redes sociais
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