Literatura brasileira e porque os brasileiros não leem

Um grande problema que enfrentamos no Brasil é a falta do hábito da leitura. O brasileiro simplesmente não lê, sei que não posso generalizar, mas a cultura da leitura não é mais cultivado em nosso país. E, assim como o samba, as telenovelas – antes, radionovelas -, e o café, a literatura brasileira é de suma importância para a identidade de nosso povo. Não existe Brasil sem Machado de Assis, Guimarães Rosa, Monteiro Lobato, José de Alencar, Carlos Drummond de Andrade, Érico Veríssimo, Mário Quintana, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Martha Medeiros, Adélia Prado, Ruth Rocha e por aí vai, a lista é imensa.

Como entender quem somos sem entender de onde viemos? Isso é praticamente impossível. Todo povo tem sua história, sua identidade, e não há como ignorar nomes tão brilhantes que contribuíram para o enriquecimento da nossa terra, mesmo que por meio de palavras. E o problema do Brasil é justamente esse. O não hábito de ler ocorre por diversos motivos, muitos por falta de acesso, eu friso.

Em nosso país, segundo o site Educa Mais Brasil, em 2017 foi declarado pelo IBGE que 7%  da população ainda não sabia ler e escrever, o que corresponde a 11,5 milhões de pessoas. Não podemos reclamar, eu sei, pois esse número já foi bem maior. Porém, não há como negar que ainda temos muito a avançar…

Todavia, apesar de haver esse grande problema de acesso à cultura e educação de qualidade, ainda há, sim, muita falta de interesse por parte da população, e isso é uma constatação minha.

Por outro lado, eu não culpo a população. Essa cultura já foi passada de pai pra filho, vem de geração em geração. E isso ocorreu devido à falta de incentivo. Por isso, eu chamo de um ciclo sem fim, o pai que não recebeu apoio ou não lhe foi apresentado o mundo literário, também não irá incentivar seu filho, e por aí vai.

A melhor maneira de reverter essa situação, é fazendo crianças e jovens, de maneira inconsciente e sutil, pegarem gosto pelos livros. O hábito da leitura deve ser inserido na vida dessas pessoas através do incentivo, é preciso ensiná-las o quanto a literatura brasileira é parte de quem somos e de quem seremos.

Eu gosto muito de uma frase de Albert Einstein que diz o seguinte: “Lembre-se que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu conhecimento”. As palavras, os aprendizados, todo o conteúdo intelectual que adquirimos será levado para sempre conosco. E assim como o conhecimento, a literatura não morre. As palavras sempre ficarão marcadas no papel e na mente de quem lê.

Geórgia Eduarda tem apenas 18 anos de idade e já atua como orientadora para jovens que desejam cursar a graduação nos Estados Unidos e está escrevendo seu primeiro livro. Além de fundadora da iniciativa Palestrante Jovem, Geórgia Eduarda compartilha conhecimento e oportunidades educacionais em seu Instagram (@studiesbygeorgia) e é fundadora do Projeto Future Minds, um grupo de debates online que atualmente conta com mais de 52 jovens do Brasil inteiro.

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