Governador sinaliza possibilidade de empresa mudar local do pedágio na RS 122
O governador Ranolfo Vieira Júnior sinalizou com a possibilidade de realocação da praça de pedágio prevista para ser instalada no quilômetro 4 da ERS-122, no bairro Areião, em São Sebastião do Caí. Em resposta à solicitação feita pelo deputado estadual Neri, o Carteiro (PSDB), pelo prefeito Júlio César Campani (PSDB) e pelo vereador João Guará (PSDB), representando a Câmara Municipal, em audiência na manhã desta terça-feira, dia 12, no Palácio Piratini, Ranolfo anunciou a busca de alternativas junto à empresa concessionária do Bloco 3 (rodovias da Serra e Vale do Caí) do Programa de Concessão de Rodovias do governo do Estado, responsável pela exploração e pela recuperação das estradas abrangidas.
De acordo com o prefeito, a localização da nova praça (substituindo o atual pedágio de Portão), no quilômetro 4, dividiria o bairro Areião, implicando em cobrança para moradores e trabalhadores que se deslocam diariamente pela via. A reivindicação de mudança de ponto, ou isenção para pessoas com comprovação de endereço residencial ou profissional no município, foi encampada pelo deputado Neri e levada ao governo.
Dentro de um programa municipal de pavimentação, a administração de São Sebastião do Caí inaugurou, em 25 de junho, um trecho de dois quilômetros de pavimentação da Estrada do Passo da Taquara, que liga a ERS-122 à ERS-240 (em direção a Capela de Santana e Montenegro). A via se constitui como alternativa à ERS-122, contudo, por se tratar de área rural e de uma estrada vicinal de duas pistas simples e sem acostamento, há preocupação com a segurança devido ao intenso aumento de tráfego que o desvio do pedágio ocasionaria. “Sou solidário à reivindicação da comunidade do Vale do Caí. Por isso, acredito que a melhor solução é a alteração do local da praça para um ponto que não cause impacto negativo para os moradores e trabalhadores do município. Além disso, essa medida também traria maior segurança no entorno da rodovia, evitando um súbito aumento do tráfego por desvios em áreas rurais e residenciais, ao mesmo tempo em que acaba por preservar a proposta de concessão”, detalha o deputado Neri, o Carteiro.
Desvios do pedágio
O prefeito Júlio Campani diz que o governador ouviu atentamente todas as ponderações e o pedido de contato com a o consórcio Integrasul, vencedor do leilão do bloco 3, onde foi o único participante. “Vamos tentar conversar e falar das alternativas que iremos apresentar no sentido de desvios do pedágio, dentro da transparência que rege a nossa administração”, afirmou, caso não tenha mudança no local do pedágio.
Conforme o prefeito, o governador entendeu que é perfeitamente possível o Governo do Estado interceder para que tenha essa reunião e ficou de dar o retorno. “Importante que nos escutou. Tomou nota de todos os pontos e vi que não estava por dentro de absolutamente nada porque tinha sido tratado com Eduardo Leite. Estou na expectativa de sentar com representantes da empresa nos próximos dias e tentar construir alternativas”, conclui Campani.
A reunião de Campani com Ranolfo estava marcada para semana passada, mas foi adiada porque o governador testou positivo para a Covid-19. Outras três agendas também chegaram a ser marcadas, mas todas foram canceladas. O prefeito vinha se queixando da falta de diálogo do Governo do Estado, tanto que ele chegou a anunciar publicamente que por isso não iria apoiar o pré-candidato do seu partido ao governo do Estado, Eduardo Leite.
O prefeito caiense continua lutando para que o novo pedágio não seja instalado no quilômetro 4 da RS 122, no bairro Areião, do Caí. A nova praça, conforme o projeto de concessão,terá tarifa de quase 10 reais (RS 9,82) no Caí, a mais cara, com cobrança nos dois sentidos e sem direito a isenção para os moradores locais. Por isso a revolta de Campani, que vem liderando uma grande mobilização e, se a situação não for revertida, promete investir em rotas alternativas, como desvios, para não prejudicar os moradores locais.
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