Mais uma vez a falta de chuva causa preocupação no Rio Grande do Sul. Já passa de vinte municípios, principalmente da Região Central e Norte, que decretaram situação de emergência. O Vale do Caí também está em alerta. A maior preocupação é com a agricultura, que pelo terceiro ano consecutivo vem tendo prejuízos com a estiagem. Além disso, tm também a preocupação com o abastecimento de água dos municípios.

O rio Caí, assim como açudes e reservatórios, estão com baixo nível, e a seca também dificulta a vazão dos poços artesianos. De acordo com a Defesa Civil do Estado, a tendência para os próximos dias é de que o Rio Grande do Sul tenha mais áreas de instabilidade se formando, chovendo na maior parte das regiões. No entanto, os acumulados mais significativos irão ficar restritos à faixa Norte, próximo à divisa com Santa Catarina. O órgão alerta ainda para a previsão de retorno do calor e existe a possibilidade do agravamento da situação de estiagem nos próximos dias. A orientação é para evitar o desperdício e consumir apenas o absolutamente necessário.

Na zona rural, os municípios e produtores têm procurado abrir novos açudes, cisternas e poços artesianos para garantir a irrigação da lavoura. Mesmo assim os impactos da seca já são sentidos, já que os produtores ainda não conseguiram se recuperar das estiagens anteriores. Nas cidades também é grande a preocupação com o fornecimento de água. Recentemente São Sebastião do Caí e Capela de Santana viveram dias de desabastecimento. E o mesmo aconteceu em Montenegro no Natal. Conforme a Corsan, a falta de água foi causada pelo alto consumo, principalmente em dias de temperatura elevada, e pelos baixos níveis do rio Caí e dos reservatórios.