Baixo estoque de medicamentos para intubação e de oxigênio preocupa a região
“Está crítica”. A afirmação é do diretor executivo do Hospital Montenegro (HM), Carlos Batista da Silva, sobre a situação de medicamentos utilizados para intubar pacientes. “Estamos solicitando as Prefeituras, se tiverem algo em estoque, que repasse, como por exemplo o Midazolam”, completa.
O Hospital Montenegro confirma que está bem baixo o estoque de medicamentos para manter pacientes entubados enquanto estão na UTI em tratamento contra o coronavírus. Alguns municípios da região conseguiram repassar medicamentos do chamado kit entubação, mas a situação segue preocupante. Neuro bloqueadores, sedativos, midazolan, fentanil, propofol e outros estão em falta no mercado em todo o país. E além da escassez, os preços dispararam. O alerta dos hospitais do Estado é que caso não tenham os medicamentos necessários, leitos podem ser fechados, o que seria terrível justamente no pior momento da pandemia. Governos Estadual e Federal ficaram de providenciar o encaminhamentos de mais medicamentos aos hospitais, inclusive através de importação emergencial.
No Hospital Montenegro, por exemplo, a taxa de internação na UTI é de 140%, com 14 casos confirmados internados e 5 pacientes aguardando vaga. Uma campanha foi lançada – “Juntos somos mais fortes”, onde podem ser doados valores em dinheiro, além de álcool gel, máscaras, luvas, fraldas geriátricas e outros itens. E também descartáveis como pratos térmicos, colheres, copos e outros.
Oxigênio e profissionais
De acordo com o diretor do HM, Carlos Batista da Silveira, o hospital tem a garantia de fornecimento de oxigênio graças a duas unidades (usinas). Mas várias casas de saúde enfrentam essa situação. E os municípios também estão pedindo para empresas e para a população o empréstimo de cilindros para armazenar oxigênio. É que com o grande aumento dos casos e internações, os cilindros de oxigênio são muito importantes no tratamento de pacientes. Solicitações já foram encaminhadas, em redes sociais, por Prefeituras de municípios como Montenegro, Bom Princípio e Feliz.
No caso da Feliz, houve um alerta também sobre a dificuldade de reabastecimento de oxigênio medicinal. Inclusive nos últimos dias o Hospital Schlatter chegou a recorrer a municípios vizinhos, como Alto Feliz e Vale Real, além de postos de saúde de Feliz, para obter mais oxigênio.
Outra dificuldade é a falta de profissionais de saúde. Os hospitais e municípios estão procurando contratar mais médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, mas estes profissionais estão em falta no mercado. E os que estão trabalhando estão sobrecarregados e esgotados devido a grande demanda, que aumentou muito em função do agravamento da pandemia.
Hospitais, como o HM, têm recebido equipamentos, como respiradores. E também outros auxílios, numa grande mobilização. O prefeito Gustavo Zanatta e vereadores tem se engajado na campanha. E a população pode continuar ajudando.
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