Justiça aceita pedido de recuperação judicial do HM Regional
Em entrevista coletiva, a direção do Hospital Montenegro (HM Regional) prestou alguns esclarecimentos sobre questões divulgadas em nota do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e que circulam em redes sociais.
O diretor executivo Jeferson Alonso dos Santos lembrou que no último dia 9 o HM ingressou com um primeiro pedido de recuperação judicial, junto à Vara Regional Empresarial da Comarca de Pelotas, o qual foi inicialmente indeferido. Foi encaminhado então um recurso ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), o qual foi deferido. “Agora temos dois meses para apresentar um plano de recuperação judicial. “Não é um processo de falência. É uma ferramenta judicial e de gestão”, esclarece. “Não temos desassistência. Não estão faltando insumos e materiais”, afirma Jeferson Alonso, sobre alerta que saiu em nota do SIMERS.
Além da recuperação judicial aceita, o diretor do HM frisa que houve um ganho de R$ 24 milhões em termos de redução de dividas fiscais, através de negociações. “Estamos trabalhando para ter toda a recuperação financeira. Assim vamos poder organizar a casa e renegociar a dívida. A Justiça determina que sejamos auditados, tornando o processo transparente”, salienta, lembrando que o HM é um hospital regional referência para o Estado e com 93 anos de bons serviços prestados. “Pedimos que sempre seja divulgada a verdade e em caso de qualquer dúvida deve se entrar em contato direto com o hospital”, diz para evitar que circulem informações que não condizem com a verdade e acabam prejudicando a instituição. “Não descarta ações jurídicas contra inverdades que estariam sendo divulgadas. “Todo o dinheiro que entra no HM é gasto com saúde, de forma transparente”, frisou Jeferson Alongo.
A direção lamentou a redução de repasses do governo ao hospital, devido ao programa Assistir, citando que só em janeiro o repasse reduziu em cerca de R$ 700 mil. Foi lembrado que o HM já chegou a contar com 18 especialidades, mas ao longo dos anos reduziu para cinco. E que praticamente todos os hospitais vêm enfrentando dificuldades. Mas foi garantido pela direção que não existe atraso na folha de pagamento. “Foi feita uma conversa com o corpo clínico e os médicos foram extremamente compreensivos”, disse, sobre não ter sido feito pagamento integral. “Não foi fechado nenhum leito e o atendimento segue normal”, completa, lembrando que o hospital segue 100% SUS e atendendo também ao convênio com o IPE.
Também participaram da entrevista os diretores Jean Ernandorena (técnico) e Felipe Leser (administrativo), a presidente da AOASE, Eliane Leser Daudt, e a advogada Acácia Wakasugi. “Temos total confiança no trabalho da direção do HM”, ressaltou a presidente da Associação Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélica (AOASE), Eliane Leser Daudt.
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