Foram concluídas nesta terça-feira, dia 25, duas das três sessões para análise do recebimento ou não da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado. O julgamento será retomado amanhã, quarta-feira, a partir das 9h30 da manhã, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

Na parte da manhã ocorreram manifestações do relator, procurador-geral e das defesas. Já na parte da tarde os ministros analisaram questões preliminares e não foram aceitas contestações das defesas, entre elas o pedido de suspeição dos ministros Alexandre Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para julgar o caso. As defesas de Bolsonaro e aliados solicitaram que a denúncia de tentativa de golpe seja arquivada pelo STF. Os advogados de defesa negam que seus clientes tenham relação com os atos golpistas e criticaram por não ter acesso a todos os materiais que embasam a denúncia.

Além de Bolsonaro, foram denunciados os ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Anderson Torres (Justiça), mais o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, deputado-federal Alexandre Ramagem e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Bolsonaro, que apareceu de surpresa no julgamento, foi denunciado por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Se a denúncia for aceita, o ex-presidente e demais denunciados se tornam réus e inicia a fase de processo na Justiça que decidirá se são culpados ou não e se devem ser presos. Se isso acontecer, a tendência é de que o processo transcorra ao longo do segundo semestre deste ano.