Familiares fazem vaquinha para trazer corpo de caiense morta na Índia

Parentes e amigos da caiense Katchucia Drielle Moesch Flores lançaram uma vaquinha online para arrecadar recursos visando conseguir trazer o corpo dela da Índia para o Brasil. Seriam necessários cerca de 150 mil reais pelo transporte internacional. A mãe de Katchucia, Rejane Terezinha Moesch, pede a todos que possam colaborar, com qualquer valor. “Peço de coração que nos ajudem”, solicita.
Natural de São Sebastião do Caí, Katchucia tinha 29 anos e estava na Índia desde setembro do ano passado, quando teria viajado para conhecer pessoalmente o homem com quem se relacionava pela internet. O suposto acidente aconteceu no último domingo, quando ela se dirigia ao aeroporto para retornar ao Brasil. Familiares, entretanto, não acreditam que ela tenha morrido em acidente na Índia. Horas antes de embarcar de volta ao Brasil teria ocorrido a colisão do veículo em que a caiense estava com um caminhão. Ela teria falecido a caminho do hospital. No automóvel também estariam o marido indiano da vítima e o condutor do veículo, os quais não se feriram. Os parentes acreditam que ela tenha caído em um golpe, vindo a ser assassinada.
Ela morou por 16 anos em Novo Hamburgo e tinha quatro filhos: duas meninas, de 2 e 11 anos, e dois meninos, de 5 e 14 anos. Trabalhava como designer de sobrancelha. Os parentes dizem que Katchucia queria voltar, mas era impedida e manipulada, além de vítima de ameaças e violência, inclusive tendo sido apedrejada. Os familiares estão tendo dificuldades de conseguir trazer o corpo de volta ao Brasil, devido aos altos custos. Por isso lançaram a vaquinha. E estão preocupados porque o marido pretende cremar o corpo na Índia.
Na página do site da vaquinha online consta um texto de Rejane, mãe de Katchucia, relatando o drama vivido pela família.
O acesso na página da vaquinha é www.vakinha.com.br/vaquinha/repatriacao-do-corpo-de-katchucia-tragicamente-morta-na-india.
Ajude-me a Trazer Minha Filha de Volta para Casa
Meu nome é Rejane, sou mãe de Katchucia Drielle Moesch Flores, minha filha amada de 29 anos, que perdeu a vida tragicamente em um acidente de carro em Rajpura, Punjab, na Índia, no dia 24 de março de 2025. Escrevo com o coração em pedaços, implorando pela sua ajuda para trazer o corpo da minha filha de volta ao Brasil e dar a ela um sepultamento digno, como ela merece.
Katchucia estava na Índia há seis meses e, poucos dias antes de sua morte, contou que estava sendo mantida em cárcere privado pelo homem com quem havia se casado recentemente, Navjot Singh. Ela relatou sofrer agressões físicas e verbais, e agora, com sua morte cercada de dúvidas, temo que algo muito mais grave tenha acontecido.
O que mais me desespera é a possibilidade de que cremem o corpo da minha filha contra nossa vontade cristã, antes mesmo de termos tempo de agir. A Embaixada Brasileira em Nova Délhi diz que está nos dando suporte, mas estamos completamente perdidos. O suposto marido dela dá informações confusas, mencionando hospitais diferentes, e não conseguimos confirmar nada. Cada minuto que passa aumenta nosso medo e nossa impotência.
Sou uma mulher doente, com 62 anos, e tenho quatro netos pequenos — de 2, 5, 11 e 14 anos — que agora choram pela mãe que nunca mais vai voltar. Não temos condições financeiras de arcar com o custo da repatriação, que chega a R$150.000. A Funerária Bom Jesus, de Santo Antônio da Patrulha, se ofereceu para ajudar com o traslado, mas precisamos levantar esse valor com urgência para conseguir trazer Katchucia de volta.
Por isso, peço, de mãe para mãe, de coração para coração: por favor, nos ajude. Qualquer contribuição faz toda a diferença. Não posso aceitar que minha filha fique tão longe de nós, sem um adeus digno. Ajude-me a dar a ela o descanso que merece.
Que Deus abençoe cada um que puder estender a mão nesse momento tão difícil.
Com todo o meu amor e dor,Rejane Terezinha Moesch
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